Podcast A+ trata dos primeiros movimentos e articulações neste início de ano para as eleições (Bússola/Divulgação)
Bússola
Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 09h54.
Última atualização em 6 de julho de 2022 às 14h59.
Por Bússola
O novo episódio do Podcast A+ traz o debate promovido pela Bússola sobre os primeiros movimentos e articulações neste início de ano para as eleições de outubro.
O que esperar da cena política nacional em 2022? Em menos de nove meses, os brasileiros vão às urnas para escolher quem comandará o país pelos próximos quatro anos. E, mesmo que a campanha tenha início oficialmente apenas em agosto, a corrida presidencial já começou. Na dianteira estão, segundo as pesquisas, o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Atrás deles aparece um conjunto heterogêneo de nomes que tentam se viabilizar como aposta de terceira via no confronto entre o lulopetismo e o bolsonarismo. Fazem parte dessa lista o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Podemos); o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT); o governador de São Paulo (PSDB), João Doria; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD); e a senadora Simonte Tebet (MDB/MS).
O ano mal começou e já é intensa a movimentação de partidos e grupos políticos na negociação de apoios e na costura de alianças eleitorais. Em jogo está não somente a cadeira do Palácio do Planalto, mas as disputas regionais, já que a população também elegerá governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Além das articulações políticas, o início de 2022 também tem sido marcado por outros dois temas — saúde e economia — que estarão obrigatoriamente na pauta de candidatos e eleitores. Com a variante ômicron, o mundo vem registrando recordes sucessivos de casos de covid-19 e a média móvel se aproxima de 3 milhões. No Brasil, os registros da doença nos últimos dias têm saltado entre 500% e 700% na comparação com as duas semanas anteriores e pressionam o sistema de saúde. A maioria dos estados e das capitais já está na zona de alerta para ocupação de leitos de UTI por covid. No Ceará, em Goiás, em Pernambuco e no Espírito Santo, o índice de ocupação ultrapassa 80%.
Janeiro também trouxe números preocupantes para a economia. O Brasil fechou o ano passado com uma inflação de 10,06%, a maior alta desde 2015 e quase o dobro do teto da meta prevista pelo Banco Central. Puxado pelo aumento de preços da energia elétrica, dos combustíveis e dos alimentos, o índice brasileiro é o terceiro maior entre os países do G20, ficando atrás apenas da Argentina e da Turquia. Além da inflação de dois dígitos, a alta taxa de desemprego, que atinge 13 milhões de brasileiros, e a expectativa de baixo crescimento do PIB, que, segundo o BC, não deve ultrapassar 1%, compõem um cenário desafiador.
A pouco mais de oito meses para o primeiro turno das eleições, existem, então, poucas certezas e muitas dúvidas. Que tendências apontam as pesquisas mais recentes? Qual será a estratégia dos principais candidatos daqui para a frente? Lula e Bolsonaro conseguirão manter sua vantagem em relação aos demais? Existe espaço para uma candidatura competitiva da chamada terceira via? Qual vai ser o peso da economia na disputa eleitoral? E como a pandemia vai impactar essa corrida?
Todas essas questões foram debatidas em 1 hora de live no YouTube da EXAME. Com mediação do jornalista Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, o bate-papo reuniu os analistas políticos da FSB Comunicação, Alon Feuerwerker e Marcio de Freitas, e o sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência, Marcelo Tokarski.
Escute abaixo o episódio, e ainda pelo Spotify ou Apple Podcasts. A edição é de Guilherme Baldi.
O Podcast A+ faz parte da plataforma Bússola, uma parceria entre a revista EXAME e o Grupo FSB.
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