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PLAY: Titãs é a maior banda do rock brasileiro

Grupo estará em São Paulo neste fim de semana em formação completa; que discorde ou concorde quem gosta de música

Turnê terá 24 shows ao redor do país (Tony Santos/Divulgação)

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Publicado em 16 de junho de 2023 às 22h00.

Por Danilo Vicente*

Qual é a maior banda de rock da história no Brasil?

É uma boa reflexão. Certamente, surgem muitos nomes dos anos 1980: Os Paralamas do Sucesso, a Legião Urbana, o Barão Vermelho, os Titãs, o Ultraje a Rigor, a Blitz, o Capital Inicial, Ira!, Camisa de Vênus... e por aí vai. As bandas dos anos 1970 foram melhores? Made In Brazil, Secos e Molhados, Tutti-Frutti? Para mim, são estas décadas que colocam concorrentes na disputa. E sempre há aquela velha discussão do que é pop e rock, então alguém pode tirar alguns de sua lista.

Nos anos 1960, a febre dos “The Beatles” rendeu brasileiros “’Os“ alguma coisa: Os Mutantes, Os Vips, Os Incríveis. Acelerando para os 1990, lembramos de Charlie Brown Júnior, Angra, CPM 22, Raimundos e Sepultura. Duas décadas que, novamente minha opinião, não colocam os concorrentes no “Olimpo do Rock” (a exceção fica com Os Mutantes).

A dúvida voltou a minha cabeça na véspera deste fim de semana em que os Titãs chegam a São Paulo com a turnê de seu retorno aos palcos em formação completa (sem, claro, Marcelo Fromer e Ciro Pessoa, infelizmente falecidos, e André Jung, que deu lugar a Charles Gavin em 1984). Vinte e quatro shows pelo país, enfim três deles na terra natal da banda: São Paulo.

Não vou ficar em cima do muro. O título de maior banda da história do rock brasileiro tem dono: Titãs.

Escrevo isso sem que o grupo seja o meu preferido. Porém, vamos aos fatos. Primeiramente, os nomes dos integrantes estão na mente de quem gosta de música – ou arte, de uma maneira abrangente: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Sérgio Britto, Nando Reis, Paulo Miklos, Tony Bellotto e Charles Gavin. Todos são separadamente conhecidos, alguns mais, outros menos. Mas são sete em destaque! E muitos com carreiras-solo consolidadas.

Além dos integrantes, as (muitas) músicas estão na memória coletiva: Marvin, Cabeça Dinossauro, Sonífera Ilha, Bichos Escrotos, Enquanto Houver Sol, Homem Primata, É Preciso Saber Viver, Epitáfio, Família, AA UU, Pra Dizer Adeus, Flores, Comida... aposto que você, leitor, sabe pelo menos um pedaço de cada uma dessas e muitas outras músicas da banca. A turnê de retorno tem apresentado um setlist com mais de 30 canções.

Discos de ouro, platina, platina dupla... na época em que essas premiações eram válidas, os Titãs (que nasceram Titãs do Iê-Iê) cansaram de recebê-las. São milhões de cópias – 6,3 milhões segundo algumas estimativas, mas nunca gosto de confiar nestes números, rotineiramente imprecisos.

As regravações por outros artistas perfazem uma lista com dezenas de nomes: Elza Soares, Ira!, Família Lima, Moraes Moreira, Adriana Calcanhotto, Cássia Eller, Maria Bethânia, Cidade Negra, Gal Costa, Fábio Júnior, Lulu Santos. São muitos, uma lista para lá de eclética. E os prêmios são dezenas: melhor grupo, show, música, disco…

Mas talvez o maior destaque dos Titãs seja a resiliência do talento. A banda não passou ilesa a erros, evidentemente. Em bom português, há bobagens em uma discografia de 17 álbuns de estúdio e sete ao vivo. Não poderia ser diferente. Mas “o todo” é tão bom há tanto tempo que não tem como deixar de reconhecer: o nome da banda é perfeito - estes gigantes conseguiram escalar o céu para destronar Júpiter.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

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