A Incrível História de Henry Sugar (Netflix/Divulgação)
Sócio e diretor-geral da Loures Consultoria - Colunista Bússola
Publicado em 21 de outubro de 2023 às 11h00.
Wes Anderson: sou fã. O cineasta americano, produtor, roteirista e ator, “pai” de O Fantástico Sr. Raposo, Moonrise Kingdom e O Grande Hotel Budapeste, agora tem quatro obras deliciosas na Netflix. Curtinhas (uma nem tanto), certeiras e cativantes.
Todos os filmes são inspirados em histórias do escritor britânico Roald Dahl e já estão disponíveis como uma coleção na Netflix. O média metragem é A Incrível História de Henry Sugar, com 40 minutos. Os outros três (O Cisne, O Caçador de Ratos e Veneno) têm, cada, 17 minutos. O Cisne é espetacular.
Todos os quatro têm o mesmo estilo. Um narrador relata um feito incrível, participando (interagindo com outros personagens ou não) das cenas de maneira didática. O que se vê em cena é o típico de Wes Anderson: enquadramento simétrico, colorido pastel e humor sutil… um visual de livro infantil, em resumo.
Mas vai além. É interessante como parece teatro. Até mesmo com um ajudando dando objetos aos personagens, sem participar da história, como se fosse um fantasma.
Há uma passarela de estrelas. Ralph Fiennes, Ben Kingsley, Rupert Friend, Dev Patel e Richard Ayoade.
O foco de A Incrível História de Henry Sugar, o média metragem, está na história de um homem rico – Henry Sugar – que consegue enxergar sem abrir os olhos. Tal habilidade é ensinada por um médico em um livro, depois de aprender com um guru. Eis que Sugar decide aprender para ganhar dinheiro em cassinos.
O Cisne é sobre bullying. Seus 17 minutos são de grudar os olhos na tela. Dois valentões infantis estúpidos perseguem um menino estudioso e brilhante.
Veneno é sobre um homem que encontra uma cobra venenosa dormindo em sua cama. O Caçador de Ratos surpreende com um exterminador que se parece com um rato. Estes dois são bons, mas aquém dos outros dois.
Wes Anderson é único. Seu cinema é diferente. Agora em longa, média e curta metragem.
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