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Pessoas se levam a sério demais, e isso é perigoso para todos

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Sem achar graça no que temos de mais ridículo, fica difícil entendermos a nós mesmos (Teresa Barata/Reprodução)

Sem achar graça no que temos de mais ridículo, fica difícil entendermos a nós mesmos (Teresa Barata/Reprodução)

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GabrielJusto

Publicado em 4 de setembro de 2021 às 12h35.

Última atualização em 4 de setembro de 2021 às 12h37.

Por Ana Busch*

As pessoas se levam a sério demais. É um fato. Rodrigo Pinotti escreveu sobre isso na Bússola esta semana, tratando de como todo mundo parece estar no limite, sem capacidade de rir de si mesmo, de se divertir com o cotidiano. E como, assim, vão se formando indesejáveis fanáticos corporativos.

Alguns anos de psicanálise me ensinaram que, sem esse distanciamento que permite achar graça naquilo que temos de mais ridículo, fica difícil entendermos a nós mesmos. Uma jornada, aliás nada fácil. Ou como disse Karla Lopes, na coluna Vozes desta semana: o autoconhecimento pode ser horrível

Ainda sobre combate aos fanáticos, precisamos falar de Malala, nos lembra Danilo Vicente.

Sim, Malala Yousafzai, a menina paquistanesa e Prêmio Nobel da Paz, que defende educação para as mulheres, "algo que deveria ser óbvio". E, de quebra, seu autor preferido, Paulo Coelho, que já vendeu mais de 210 milhões de livros. Como diz Danilo, em sua coluna, dois nomes que se cruzam quando o talibã volta ao poder no Afeganistão, e o 7 de Setembro passa a ser uma data temida no Brasil, país em que Paulo foi torturado durante a ditadura.

A semana

Na última quinta-feira, Renato Krausz trouxe à lembrança uma nova sigla que deve sempre acompanhar as três letras de ESG: os ODS, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que podem tirar o planeta da rota de desastre certo, se forem levados a sério. Precisamos começar de algum lugar, passo a passo, regenerando e inovando, fazendo o descarte correto do lixo eletrônico, promovendo acessibilidade, tratando do combate à pobreza.

Patrimônio intangível

Voltando ao tema desta semana, não apenas ri de mim mesma o quanto pude, mas chorei com um amigo que, impedido pela burocracia, não pôde abraçar sua mãe pela última vez, com uma amiga que perdeu prematuramente seu companheiro de vida. E o que você tem a ver com isso? Nada. Como costumo dizer, não sou mesmo ninguém e acho isso ótimo. Mas neste mundo e neste tempo em que a força bruta prevalece, sorrir e chorar e, sobretudo, exercer a empatia se tornaram um patrimônio intangível. 

*Ana Busch é jornalista, diretora de Redação da Bússola e sócia da Tamb Conteúdo Estratégico

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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