Confiança do investidor brasileiro está em alta. (Paulo Whitaker/Reuters)
Bússola
Publicado em 24 de junho de 2021 às 16h43.
Por André Jácomo*
Nos últimos anos, mensalmente a B3 bate recordes no número absoluto de pessoas físicas que investem em ações. Os dados mais atualizados apontam que já são mais de 3,7 milhões de brasileiros que possuem algum dinheiro investido em renda variável. Só em 2020, mais de 1,5 milhões de pessoas físicas começaram suas jornadas de investimentos, dando novo fôlego ao mercado de capitais no país.
De acordo com dados divulgados pela própria B3, a persona investidora no Brasil é em sua maioria homem (72%), possui 26 a 35 anos (32%) e mora na região sudeste do país (61%). Esse não é o perfil com maior valor de recursos investidos, mas aquele perfil que possui mais contas abertas na Bolsa de Valores.
Se a máxima diz que um cliente satisfeito é a melhor estratégia de negócios de todas, o cenário para o mercado de capitais no Brasil pode ser ainda melhor.
O Instituto FSB Pesquisa realizou recentemente pesquisa de opinião inédita com uma amostra representativa dos investidores pessoa física no Brasil, a qual mostra que a maior parte dos investidores (33%) está positivamente satisfeita com o desempenho de suas carteiras. A insatisfação é baixa: apenas 21% dizem que estão negativamente satisfeitos.
Outras informações merecem destaque: 26% dos investidores ouvidos pela pesquisa dizem que seu nível de satisfação é médio e 20% não souberam responder à pergunta. Provavelmente este é um perfil de investidor mais distante, que provavelmente delega para um consultor a gestão de sua carteira.
Com satisfação pelo retorno dos investimentos em alta, a perspectiva de curto-prazo é o aumento do aporte de recursos: 12% dos investidores pessoa física pretende aumentar muito e 36% pretende aumentar um pouco a quantidade de recursos investido no próximo mês. Apenas 6% dizem que vão diminuir o volume de dinheiro investido.
Em um mercado tão volátil e suscetível à mudança de humor, a confiança do investidor brasileiro anda em alta!
*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa
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