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Pazuello reload: palanque sem máscara leva ex-ministro de volta à CPI

Semana também terá depoimentos da "capitã cloroquina" e do ex-número 2 do Ministério da Saúde

Pazuello saiu-se razoavelmente bem em sua passagem pela CPI, mas deve retornar em breve (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Pazuello saiu-se razoavelmente bem em sua passagem pela CPI, mas deve retornar em breve (Jefferson Rudy/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2021 às 19h50.

Última atualização em 24 de maio de 2021 às 20h09.

Por Márcio de Freitas*

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello passou pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia com razoável êxito. Do ponto de vista do governo Jair Bolsonaro, ele se saiu muito bem ao não comprometer o presidente e ainda dar estocadas no relator Renan Calheiros (MDB-AL). Tanto foi bem que Pazuello deve retornar ao banco de depoimentos em breve.

A justificativa dos senadores para il ritorno da Pazuello foi a motociata no Rio de Janeiro, onde ele acompanhou Bolsonaro no passeio de motocicleta e subiu no palanque sem máscara. Repetiu as cenas já verificadas em Manaus, quando caminhou sem a proteção no rosto em um shopping center.

O governo parece gostar de viver perigosamente, no limite. E o ato de Pazuello ainda despertou reação nas Forças Armadas, que vetam participação de militar em atos políticos. A miscelânea de público, político e militar não ajudou a imagem do general. Não há cloroquina que cure essa virose política.

E cloroquina será o assunto a ser tratado nesta semana na CPI no depoimento de Mayra Pinheiro. Cearense, ela disputou o Senado na última eleição no seu estado natal. 
Ela chegará ao Senado, mas na condição de testemunha à comissão, após ser apelidada de “capitã cloroquina” durante a pandemia. Ela defende o tratamento precoce e a inclusão do medicamento controverso na fase inicial de contágio pelo SARS-CoV-2.

A CPI ainda ouvirá o ex-número 2 do ministério, Élcio Franco. Mas é o Pazuello reload que realmente dará mais ânimo aos debates políticos. Depois de vencer a batalha, o general voltará a enfrentar as tropas inimigas, ainda sem dia D nem hora H. Mas com certeza ele tomará mais cuidado ao retirar a máscara no próximo embate para evitar os fotógrafos.

*Márcio de Freitas é analista político da FSB Comunicação

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