Liderança: (jayk7/Getty Images)
Bússola
Publicado em 1 de abril de 2022 às 14h40.
Por Carlos Guilherme Nosé*
Uma das principais e mais frequentes perguntas que recebo é “como ser um bom líder e um bom gestor de equipe?”. E como não há receita de bolo para esta pergunta, eu respondo que depende de inúmeros fatores. Do momento da empresa, da cultura organizacional e tantas outras variáveis. E ainda respondo com uma pequena provocação: “comece sendo um bom líder de você mesmo”.
Parece básico e é aquele primeiro passinho do famoso pipeline de liderança, do renomado autor Ram Charam. Mas acredite, poucas pessoas param para avaliar se estão sendo boas consigo mesmas.
E como faço essa avaliação? Vamos lá com algumas dicas:
Motivação: Muitos esperam ser motivados pelo chefe, CEO, ou algum projeto magnífico e disruptivo da empresa. Porém, a real motivação deve vir de dentro de você. Entenda que a sua disposição para projetos diários afetam, e muito, a motivação da sua equipe, de seus pares e seus líderes. Não espere cair do céu algo que te faça ir adiante. Assuma você essa iniciativa e faça acontecer. Lembre-se que é melhor precisar ser freado, do que terem que te empurrar.
Colaboração: O mundo mudou e hoje muito se constrói com base no compartilhamento e na colaboração. Entenda, de uma vez por todas, que ninguém é super herói. Ninguém faz sucesso sozinho. Você precisa dos outros, assim como eles precisam de você. Portanto trabalhe também sua empatia, coloque-se mais no lugar do outro e entenda como juntos podemos chegar mais longe. Não estou dizendo aqui para aceitar qualquer coisa ou ser tolo. O que digo é que gerencie suas atividades para que você possa ter tempo para colaborar e se envolver em diversas frentes. Para esse tema, recomendo o livro “Dar e Receber”, do importante autor Adam Grant.
Comunicação: Saber escutar é essencial. Revise sua comunicação escrita e falada, pensando em como os outros poderão reagir. Se comunicar bem não é só falar, é garantir que o outro entendeu a mensagem. Nós temos o péssimo hábito de não sermos tão diretos quando precisamos dar um feedback ruim, ou apresentar um número abaixo do esperado. Portanto, policie-se para ser mais assertivo, assegurando que o foco é na tarefa e na performance da empresa e nunca na pessoa. Melhor ficar cinco minutos vermelho, do que duas horas amarelo.
Gestão do tempo: Com os modelos híbridos de trabalho cada vez mais presentes nas organizações, gerenciar o tempo de forma efetiva também é fundamental para sua própria organização e dos outros. Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. Respeite seus horários e dos outros, por exemplo o horário de almoço. Ser produtivo não é trabalhar 14 horas por dia. Ser produtivo é trabalhar de forma inteligente e sem desperdiçar tempo com retrabalho desnecessário. A tecnologia está aí para nos ajudar, não para nos escravizar.
Isto posto, é hora de você fazer sua autoavaliação de forma honesta e transparente. Trabalhe o autoconhecimento de forma a melhorar cada um dos temas acima. E lembre-se: Evoluir um pouco por dia é o segredo, não ache que será uma nova pessoa do dia para a noite. O importante é você conseguir melhorar sempre, passo a passo e sem pular etapas. A partir do momento que você estiver se sentido melhor consigo mesmo, acredite, os outros também estarão.
*Carlos Guilherme Nosé é CEO & Partner da Fesa Group, um ecossistema de soluções de pessoas e de conexões humanas
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