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Opinião: Geração Z deve se tornar principal motor de desenvolvimento do setor de multipropriedade

Experiências de lazer acessíveis e flexíveis estão em alta e a Geração Z é um motor fundamental desse movimento

A demanda por experiências de lazer acessíveis e flexíveis está em alta e a Geração Z (StefaNikolic/Getty Images)

A demanda por experiências de lazer acessíveis e flexíveis está em alta e a Geração Z (StefaNikolic/Getty Images)

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Publicado em 17 de abril de 2025 às 07h00.

Por Marcos Jorge*

O setor de multipropriedade está em franca expansão no Brasil e no mundo, ao reforçar conceitos como experiências sustentáveis e economia compartilhada. E, ao despontar como uma das principais forças de consumo, a Geração Z lidera essa transformação, redefinindo conceitos no setor de turismo e hospitalidade, que vem se adaptando para atender um público que busca soluções flexíveis, em vez de optar pela posse exclusiva.

A multipropriedade atende perfeitamente a essa demanda, oferecendo a possibilidade de desfrutar de um imóvel de lazer com os custos de manutenção compartilhados. Cerca de 50% dos clientes de complexos turísticos e hoteleiros já pertencem a essa geração, o que demonstra o interesse crescente por experiências inovadoras e modelos de hospedagem compartilhados.

Segundo o relatório A Era da Adaptabilidade, do ManpowerGroup, a Geração Z vai representar 58% da força de trabalho global até 2030, impulsionando novas formas de consumo e consolidando a economia colaborativa. A PwC (PricewaterhouseCoopers) estima que esse setor movimentará US$ 335 bilhões no mundo até o fim de 2025.

Especialistas apontam que a Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1995 e 2010, valorizam sustentabilidade, direitos humanos e experiências digitais. Por serem mais imediatistas, realizam pesquisas prévias sobre imóveis, preços e reputação das empresas antes de visitar os stands de vendas e buscam menos burocracia, impulsionando tendências como consumo consciente e economia compartilhada no setor imobiliário.

Oportunidades de Investimento fora do Eixo Rio-SP

Embora o mercado imobiliário tradicional se concentre no tradicional eixo Rio-São Paulo, o setor de multipropriedade oferece oportunidades de investimento lucrativas em outras regiões do país. O crescimento do setor tem sido notável, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 79,5 bilhões entre abril de 2023 e abril de 2024, representando um aumento de 33% em relação ao período anterior, conforme pesquisa da Caio Calfat Real Estate Consulting.

O investimento em multipropriedades fora do eixo Rio-SP pode gerar retornos acima da média por fatores como menor concorrência, potencial de valorização e diversificação da carteira de investimentos. Regiões com forte potencial turístico e infraestrutura em desenvolvimento oferecem excelentes oportunidades para quem busca rentabilidade no setor.

O momento é ideal para olhar além dos centros tradicionais. E os investidores podem não apenas diversificar seus portfólios, mas também contribuir para o desenvolvimento econômico de novas regiões, colhendo frutos financeiros, turísticos e sociais.

Um dos mercados imobiliários mais dinâmicos e alinhados com o futuro, o setor de multipropriedade se configura como um investimento inteligente, alinhado com as novas tendências e capaz de gerar valor a longo prazo, representando uma alternativa moderna e mais acessível para quem busca um imóvel de lazer, sem os custos integrais de manutenção.

A demanda por experiências de lazer acessíveis e flexíveis está em alta e a Geração Z é um motor fundamental desse movimento. Parte dessa movimentação estratégica pode gerar negócios com grande potencial de valorização e retorno para investidores atentos a novas oportunidades.

*Marcos Jorge é CEO da RTSC Holding

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