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Onde não tem vacina sobrando, desperdício tem que chamar mais a atenção

Estudo informa que 4 em cada dez cidades do Brasil têm falhas nas condições para conservação das vacinas

 (Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images)

(Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2021 às 20h10.

Um gargalo na marcha mundial da vacinação contra a Covid-19 é a brutal concentração dos imunizantes nos países primeiromundistas mais fortes e fabricantes de vacinas. Na contramão disso, nações como Rússia, Índia e China vacinam-se mas ao mesmo tempo fornecem o produto para outros países. Há aqui, claro, o interesse geopolítico, mas o resultado último é que a vacinação caminha em escala global.

Mas com problemas. Um deles é o erro de fazer contas muito ajustadas de quantidade de vacinas disponíveis para aplicação x vacinas efetivamente aplicáveis. Há o desperdício natural, e aguardam-se análises definitivas para saber em que porcentagem deve ser estimado. E há o desperdício causado pelas deficiências em infraestrutura, como por exemplo a falta de condições ideais para conservar vacinas.

No caso do Brasil, um estudo informa que 4 em cada dez cidades do país têm falhas nas condições para conservação das vacinas. O principal problema é a falta de geladeiras equipadas com os instrumentos adequados para um rigoroso monitoramento das condições ótimas, para as vacinas não estragarem. Um assunto que deveria chamar mais a atenção.

Especialmente de quem não tem vacina sobrando.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

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