(Moyo Studio/Getty Images)
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Publicado em 10 de setembro de 2024 às 15h00.
*Por Jen Medeiros
Em um cenário empresarial de hiperconcorrência, onde a inovação e a agilidade são cruciais para a sobrevivência, longevidade e o sucesso dos negócios, as comunidades corporativas têm emergido como um ativo estratégico. Mas o que exatamente elas fazem e por que têm ganhado tanta importância?
Comunidades corporativas ou empresariais referem-se a grupos de indivíduos dentro de uma organização ou entre organizações que compartilham interesses, objetivos ou práticas em comum.
Geralmente, são formadas para promover a colaboração, a troca de conhecimento e o suporte mútuo, seja em torno de uma função específica, como marketing ou TI, ou em torno de temas transversais, como inovação, sustentabilidade ou bem-estar no trabalho.
Elas também podem ser formais, estabelecidas pela própria empresa com objetivos claros e recursos dedicados, ou informais, nascendo da iniciativa dos próprios colaboradores, clientes ou usuários que se organizam em torno de interesses comuns.
Por meio delas, é possível criar um ambiente propício para a inovação e resolução de desafios organizacionais. Quando pessoas de diferentes áreas e com diferentes perspectivas se unem, a troca de ideias pode levar ao desenvolvimento de novas soluções e colabora para a captura e geração de valor para todos os stakeholders.
A diversidade de pensamento é um catalisador para a inovação, e as comunidades corporativas facilitam essa dinâmica ao conectar colaboradores de diferentes setores e níveis hierárquicos a clientes, fornecedores e outros atores do ecossistema de negócios das empresas.
Os insights obtidos por essa rica troca permite que os tomadores de decisão possam antever tendências e necessidades, tornando as empresas resilientes para as constantes mudanças que ocorrem no mercado assim como, se transformam em vantagens competitivas sustentáveis
Posso dizer também que elas funcionam como hubs de conhecimento, onde os colaboradores podem aprender uns com os outros, compartilhar melhores práticas e desenvolver novas habilidades. Isso não só eleva o nível de competência dentro da empresa, como também aumenta a produtividade, acelera a resolução de problemas e a tomada de decisões, visando a satisfação das necessidades e desejos dos consumidores e a solidificação do posicionamento das marcas
Além disso, a participação em comunidades corporativas pode aumentar significativamente o engajamento e o bem-estar dos colaboradores. Quando os funcionários sentem que fazem parte de uma comunidade e que suas contribuições são valorizadas, eles tendem a se sentir mais motivados e comprometidos com a organização. Adicionalmente, elas oferecem oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal, o que é um fator crucial para a retenção de talentos.
Embora as comunidades corporativas ofereçam muitos benefícios, elas também apresentam desafios. Mantê-las ativas e produtivas requer um equilíbrio entre autonomia e suporte organizacional. As empresas precisam fornecer os recursos humanos e financeiros e a infraestrutura necessários, como plataformas de comunicação e tempo dedicado para a participação, sem sufocar a espontaneidade que muitas vezes é o motor dessas comunidades.
Construir e manter comunidades corporativas não é um modismo passageiro, é uma estratégia inteligente para construir uma organização antifrágil, inovadora e centrada nas pessoas.
*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa precursora em oferecer serviços outsourcing de CaaS (Community as a Service). Possui mais de 12 anos de experiência em Criação e Gestão estratégica de comunidades, é professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas.
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