Companhia atinge a igualdade de gênero em seu time executivo, um diferencial nas empresas de tecnologia (Luis Alvarez/Getty Images)
Bússola
Publicado em 4 de dezembro de 2021 às 13h46.
Última atualização em 8 de dezembro de 2021 às 15h55.
A Zenvia, plataforma que empodera as empresas a criarem experiências únicas de comunicação para seus clientes finais, acaba de promover Mariana Cambiaghi a CFO, e de anunciar Laura Hirata como diretora jurídica, ou Chief Legal Officer (CLO). Assim, a companhia atinge a igualdade de gênero em seu time executivo, com cinco homens e cinco mulheres, o que não é algo muito comum no mercado, em geral, e nas empresas de tecnologia, em particular.
“Antes de engravidar, não entendia porque deveríamos falar sobre o tema das mulheres em posições de liderança. Até então, não havia sentido nenhum efeito na minha vida profissional pelo fato de ser mulher. Mas as questões hormonais, físicas e emocionais da gravidez e da maternidade me fizeram pensar diferente, já que os efeitos não duram apenas nove meses ou os quatro meses da licença-maternidade. É muito difícil se adaptar a essa nova mulher que nasce após a gravidez. Ela quer se dedicar à vida profissional da mesma forma que fazia antes, mas não consegue. No dia seguinte à saída da maternidade, meu marido retomou a vida profissional normalmente. A minha nunca mais será conduzida da mesma forma. Muitas empresas ainda não estão preparadas para entender essa diferença, exatamente pelo fato de a maioria ainda ser liderada por homens. Felizmente, mesmo com um CEO na Zenvia, a diversidade e o respeito à mulher não são um problema”, diz Mariana.
A opinião é compartilhada por Laura, que viu as diferenças da Zenvia, em relação ao mercado, desde o recrutamento. “Ao longo de todo o meu processo seletivo, fiz questão de deixar claro que estava buscando uma empresa não somente com diversidade, mas que entendesse a liderança feminina, respeitando a liberdade de expressão em suas diversas formas. Enfim, um lugar em que eu pudesse trabalhar em condições igualitárias, sem dissipar energias e ter de administrar expectativas oriundas de preconceitos inconscientes. Vejo a ZENVIA como um ambiente colaborativo que abre espaço para as pessoas serem quem são, possibilitando o crescimento e o desenvolvimento individual e, consequentemente, o da própria empresa”, declara.
A ampla presença feminina no time executivo da empresa é um exemplo seguido nas demais áreas. Atualmente, 43% das pessoas da Zenvia (os Humanz) são mulheres e 38% dos cargos de liderança são ocupados por elas.
É o caso de Fernanda Richter, Business Coordinator. “Eu estou na Zenvia há quatro anos. Neste tempo, vi a empresa crescer e abrir capital na Nasdaq. O que não mudou foi o respeito e a promoção da diversidade, que só se fortalece”, afirma.
Isso já é visto também no programa interno Future Leaders, que tem por objetivo preparar futuras lideranças. Iniciado em 2020, a iniciativa está no segundo ano e já soma 36 pessoas treinadas, sendo 15 mulheres. Dentre elas, Fernanda Holanda, gerente de Marketing Institucional. “Sempre tive o suporte necessário para alavancar minha carreira, com muito respeito e espaço, além de termos programas de desenvolvimento e oportunidades. É muito bom fazer parte de uma companhia que entende e trabalha em sua estratégia a importância da diversidade para a gestão do negócio e para a sociedade”, diz Holanda.
A Zenvia vem adotando essa postura de maior equidade de gênero em seus times de forma concreta, indo na contramão de boa parte das companhias. Segundo uma pesquisa da consultoria Robert Half, mesmo que 76% das empresas brasileiras manifestem a preocupação em reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado, a maior parcela de recrutadores afirma que ainda não executa ações específicas para aumentar a participação de mulheres em cargos de liderança (62%) ou até mesmo de forma geral (61%).
Gabriela Vargas, COO que acompanha diariamente a história da companhia há mais 12 anos, acredita que a principal diferença da Zenvia em relação a outras empresas é “abrir espaço para todos os profissionais dispostos a contribuir com o mesmo propósito, que é o sucesso e a evolução do negócio. E isso independe de gênero, raça ou condição social. Diversidade não é uma pessoa representante das minorias. É um equilíbrio de representatividade”, declara.
“Além disso, é preciso atenção às oportunidades, equidade e à escuta das mulheres que já fazem parte da empresa. Elas dão o tom diariamente e inspiram mais mulheres a se sentirem seguras e com o suporte necessário para crescerem com a gente. É como uma das nossas crenças diz: “pessoas são únicas”. Aqui na Zenvia, a diversidade que vemos em nossos Humanz, junto com a flexibilidade, autonomia e espaço para contribuir e crescer, leva ao resultado que conquistamos e proporciona a sustentação do negócio”, afirma Katiuscia Teixeira, head de People & Culture.
Lilian Lima, CTO da companhia, completa a equipe de mulheres no time executivo da Zenvia. Para ela, todos têm a ganhar com a promoção da diversidade nas empresas. “A inteligência, a competência, o raciocínio lógico não têm gênero, cor ou religião. O universo de TI só tem a ganhar com a diversidade, com a inserção de mais mulheres no mercado. Um mundo mais diverso provoca, naturalmente, soluções e inovação”, diz.
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