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O que faz estudantes procurarem uma escola de idiomas? Pesquisa responde

Levantamento exclusivo do CNA+ em parceria com a Box1824 traça um retrato atual das motivações, desafios e transformações no ensino de línguas no Brasil

O estudo completo pode orientar escolas de idiomas sobre o perfil do seu público-alvo (Drazen Zigic/Getty Images)

O estudo completo pode orientar escolas de idiomas sobre o perfil do seu público-alvo (Drazen Zigic/Getty Images)

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Publicado em 21 de novembro de 2025 às 13h00.

Apenas 1% dos brasileiros sabe inglês fluente, e os jovens que querem aprender estão, em grande parte, mais interessados nas experiências que um novo idioma proporciona. 

Segundo pesquisa da CNA Idiomas, em parceria com a consultoria de comportamento Box1824:

  • 71% dos pais matriculem os filhos com foco no mercado de trabalho
  • Mas os jovens, 62% deles, afirmam estudar para viajar e conhecer novas culturas

A pesquisa também mostrou que 90% dos estudantes entre 25 e 35 anos acreditam que aprender um idioma é a melhor forma de se conectar com o mundo.

O estudo completo pode orientar escolas de idiomas sobre o perfil do seu público-alvo e para o que apelar em suas campanhas e estratégias. A pesquisa intitulada “Jovens e Aprendizagem de Idiomas” ouviu cerca de mil pessoas entre pais, adolescentes e jovens adultos em diferentes regiões do Brasil.

“Esse estudo mostra que aprender um novo idioma vai muito além de preparar para o mercado de trabalho ou de ensinar regras gramaticais. Os jovens buscam conexão com o mundo, experiências culturais e expressão autêntica. Entender essas motivações é essencial para criar métodos mais eficazes, humanos e alinhados com a realidade de quem aprende”, explica Eduardo Guedes, CMO do grupo educacional CNA+.

Diferenças segundo faixa etária

Outro dado relevante é a diferença na idade de início do curso: os adolescentes começam a estudar outro idioma por volta dos 12 anos, enquanto os jovens adultos iniciam somente aos 20 anos, muitos deles com a percepção de que começaram “tarde demais”. 

O primeiro contato costuma ser digital: 48% dos adolescentes e 42% dos jovens recorrem a aplicativos e plataformas online como primeiro passo após decidirem aprender. 

Entretanto, 83% dos estudantes concordam com a frase "mesmo com as inteligências artificiais, o professor e o contato humano são fundamentais para o aprendizado de outros idiomas

Tanto que 1/4 dos alunos entre 25 e 35 anos dão preferência a formatos de curso que tenham interação direta com colegas.

As principais dores dos estudantes

Entre as principais dores que resultam na evasão dos alunos está a falta de tempo: 35% abandonaram os estudos porque a rotina ficou intensa.

 Além disso, 66% concordam com a frase "ter e manter uma disciplina de estudos é a minha maior dificuldade no estudo de outro idioma".

O que mais os motiva

Apesar dos obstáculos, o estudo revela que o maior marco de sucesso para os alunos é sentir-se capaz de se expressar de forma autêntica em outro idioma

67% concordam com a frase "aprender um idioma faz parte da minha identidade e de como me vejo no mundo”

Para isso, os estudantes valorizam: 

  • Práticas de conversação (62%), 
  • Professores próximos e qualificados (49%), 
  • Experiências interativas e dinâmicas (44%). 

“No levantamento também fica claro que, para manter o engajamento, é preciso ir além da sala de aula tradicional. É necessário oferecer vivências interativas, apoio e práticas que despertem confiança e pertencimento. Aprender um idioma é uma jornada pessoal e transformadora, e nosso papel é torná-la possível, significativa e acessível”, Conclui Guedes.

 

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