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O ‘Novo Rural’ brasileiro: frescor econômico traz oportunidades para o setor da educação no campo

É a vez da educação no desenvolvimento do agronegócio brasileiro? Entenda no artigo da engenheira agrônoma Rosiane Petry

 (SimonSkafar/Getty Images)

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Publicado em 31 de outubro de 2024 às 10h00.

Por Rosiane Petry*

O movimento conhecido como “Novo Rural”, impulsionado pela diversificação das atividades econômicas no campo, ressignificou o espaço rural brasileiro. Antes dedicado de forma quase exclusiva à agropecuária, agora abriga indústrias, serviços e turismo.

Algumas das novas atividades estudadas pelo Projeto Rurbano, da UNICAMP, incluem a especialização produtiva, marcada por

  • Cultivo de frutas frescas, flores e animais exóticos; 
  • Turismo rural e o ecoturismo, que atraem populações urbanas que buscam lazer e mais contato com a natureza; 
  • A prestação de serviços especializados, liderada por empresas de agricultura de precisão e terceirização do plantio e colheita 
  • O mercado imobiliário, impulsionado por indivíduos que encontram no campo novas oportunidades de empreendimento e uma vida mais tranquila longe dos centros urbanos.

A vez do setor da educação no agro

Com o desenvolvimento dessas novas dinâmicas econômicas, o setor da educação também encontra no campo a oportunidade de ampliar os serviços de capacitação dos novos empreendedores e funcionários com cursos e workshops, mas encontra o desafio de levar o conhecimento de forma eficiente. 

As EdTechs, como são chamadas empresas especializadas em tecnologia educacional, lideram a criação e implementação de novas tecnologias para ampliar a oferta no setor de capacitação. A Expert Market Research avalia o mercado global em US$ 230,6 bilhões, com expectativa de atingir US$ 542,4 bilhões em 2032.

Educação a distância

Oos programas de educação a distância (EaD) oferecem flexibilidade e alcance ao permitir que agricultores e trabalhadores rurais adquiram habilidades essenciais para melhorar seus índices de produtividade e faturamento ao suprir a necessidade de mão de obra qualificada, um dos maiores desafios para mercados de trabalho em ascensão. 

Um estudo promovido pelo Senai em 2021 em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável mapeou que, em dois anos, o setor do agronegócio demandaria 178 mil vagas digitais, mas apenas um terço delas seriam preenchidas.

Além do potencial de alcance maximizado pela tecnologia, a criação do conteúdo pode ser direcionada a capacidades técnicas específicas de cada setor, provendo a base para a criação de modelos de gestão e de negócios inovadores que causam impacto não apenas no indivíduo capacitado, mas em toda a comunidade com a qual ele compartilha o conhecimento.

O próximo grande desafio do setor de educação está dentro do agro, uma mina de ouro para as empresas que se empenharem em levar soluções de capacitação que preparem os profissionais do campo para acompanhar as inovações dentro do agronegócio.

*Rosiane Petry é Engenheira Agrônoma, especialista em gestão do Agronegócio e Mestre em Produção Vegetal. É Tutora de EaD Agro no DOT Digital Group.

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