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CNPJ terá novo formato — e empresa sai na frente com solução de IA para enfrentar os desafios

Empresas terão que se adaptar ao novo formato de CNPJ a partir de 2026 ; nova estrutura exige adaptações técnicas e operacionais significativas

 (CI&T/Divulgação)

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Publicado em 4 de agosto de 2025 às 07h00.

Com o atual formato de geração de CNPJs, são possíveis 99,9 milhões de combinações de 14 números. Com o surgimento de cerca de 6 milhões de novos registros ao ano, as combinações possíveis devem se esgotar em aproximadamente 6 anos, segundo a Receita Federal.

Por isso, o modelo atual está com os dias contados. O CNPJ alfanumérico será implementado a partir de 2026, solucionando o problema, mas possivelmente criando uma série de outras complicações. 

Prevendo possíveis dificuldades que as empresas brasileiras terão para gerenciar, atualizar e administrar seus bancos de dados e ferramentas já ativas, a CI&T resolveu apostar no desenvolvimento de uma ferramenta dedicada. 

Desenvolvimento baseado na necessidade de antecipação

A mudança, que será obrigatória para novas inscrições no ano que vem, exige mudanças estruturais em sistemas de tecnologia, bases de dados e documentos fiscais. Providenciar a adequação é especialmente importante para empresas que lidam com altos volumes de dados. 

A multinacional brasileira apoia as empresas nessa transição por meio de uma abordagem que combina inteligência artificial com consultoria especializada. 

“Mais do que entregar uma solução única, estruturamos um programa de governança e orquestração para apoiar as empresas na revisão do seu parque tecnológico e integrações internas e externas”, explica Tony Rodrigues, diretor de tecnologia da CI&T.

Segundo ele, a solução inclui desde inventários de aplicações e mapeamentos de dependência, até testes automatizados e planos de rollout sob medida. O objetivo é garantir que as empresas estejam 100% aderentes à Instrução Normativa da Receita Federal, sem comprometer a performance de seus ambientes de negócio.

IA é apenas o princípio 

A solução automatiza a interpretação dos novos formatos, reduz falhas operacionais e acelera a adaptação dos sistemas.A companhia atua na documentação das alterações, assegura a qualidade por meio de testes estruturados e facilita a integração entre sistemas internos e parceiros, estejam eles em ambientes cloud ou on-premises, garantindo a consistência em todo o ecossistema tecnológico da empresa.

“A inteligência artificial é um acelerador poderoso, mas isoladamente ela não resolve. Para gerar impacto real, é preciso combiná-la com engenharia de software, conhecimento profundo dos sistemas e uma base estruturada de boas práticas. A eficácia está na capacidade de integrar os mais diversos sistemas, muitas vezes com arquiteturas legadas distintas, sem comprometer a operação. Mais do que adequar sistemas, as empresas que se anteciparem estarão reduzindo riscos e ganhando tempo para se adaptar às novas mudanças com solidez e previsibilidade”, completa Rodrigues.

Embora empresas já cadastradas não precisem alterar seus CNPJs atuais, todas as novas inscrições realizadas a partir de 2026 deverão seguir o novo padrão alfanumérico. Isso exigirá que os sistemas corporativos estejam preparados para reconhecer e processar corretamente o novo formato, inclusive ajustando o cálculo dos dígitos verificadores, que continuará utilizando a fórmula de módulo 11, mas com adaptações técnicas para contemplar letras.  

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