Bússola

Um conteúdo Bússola

O boom de contratação de freelancers na nova economia

Pandemia intensificou novas formas de trabalho e, com isso, o mercado de freelancers expandiu; tendência deve continuar nos próximos anos

60% dos gestores consideram a inclusão de freelancers importante para os colaboradores (Charday Penn/Getty Images)

60% dos gestores consideram a inclusão de freelancers importante para os colaboradores (Charday Penn/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 28 de outubro de 2021 às 11h00.

Por Heitor Barcellos*

Na língua Inglesa, existe um provérbio (atribuído a Benjamin Franklin) que diz o seguinte: “Old Habits Die Hard”, que em tradução livre significaria: “velhos hábitos demoram a desaparecer”. E, pelo que podemos perceber ao longo da história, o ponto de inflexão é invariavelmente associado a grandes eventos.

Tomemos como base a videoconferência. Introduzida em 1968 popularizou-se durante a década de 90 com empresas como Cisco, IBM e Polycom até entrar de vez no dia a dia das pessoas com o lançamento do Skype a partir do ano de 2003. 15 anos de evolução, revolução mobile com a App Store e surgimento de inúmeras outras ferramentas (como Zoom, Google Hangout, Microsoft Teams, Discord, Facetime e WhatsApp) e a tecnologia continuava sendo usada (em sua maioria) como Plano B. Foi necessária uma pandemia global para que a humanidade parasse de supervalorizar o “contato humano”, a “reunião presencial” e o “sentar-se fisicamente ao lado”.

Crescimento de usuários do Zoom

Usuários do aplicativo Zoom. 30x de crescimento durante a Pandemia (Site de RL da Zoom/Divulgação)

Com o desenrolar da pandemia e seus consequentes lockdowns, as empresas, sem alternativas, rapidamente viraram a chave, e o que era antes segunda opção, virou norma. O gráfico de crescimento de usuários do aplicativo Zoom (acima) representa bem esta virada com um impressionante crescimento de 30x em número de usuários.

Temia-se então um grande impacto na produtividade, mas o efeito foi exatamente o oposto. Em uma recente pesquisa realizada pela empresa Sectigo, 63% dos c-levels de grandes empresas entrevistados afirmaram que a produtividade não só não caiu, como aumentou. Se levarmos em conta a porcentagem que considerou que a produtividade ficou igual ou melhorou, este número atinge impressionantes 88%.

Com a queda do mito da baixa produtividade no trabalho remoto, as empresas foram rápidas não só em derrubar barreiras geográficas para a contratação (70% das empresas declararam que continuarão remotas após a pandemia), mas também redescobriram o mercado dos freelancers (profissionais especializados que recebem por projeto ao invés de salários fixos mensais) .

Agora competindo por recursos em âmbito global e em mercados de rápida mudança, mais de 72% dos gestores entrevistados afirmam estar trabalhando com freelancers. E, engana-se quem acha que os freelancers são utilizados apenas em cargos de execução, com mais de 57% destas vagas, sendo vagas estratégicas.

Ainda na visão das empresas, mais de 60% dos gestores entrevistados, afirmam que a inclusão, cada vez maior, de trabalho de freelancers é de extrema importância para incentivar seus funcionários fixos a manterem-se sempre atualizados em novas tendências e metodologias.

Pelo lado dos freelancers, é também bastante comum confundi-los com “desempregados em transição”. 97% dos freelancers entrevistados consideram o modelo como suas escolhas definitivas de carreira.

Um outro estudo, realizado no mercado americano, estima que já existam mais de 60 milhões de freelancers (um terço da força de trabalho americana), contribuindo com 1,2 trilhões de dólares na economia. Este número representa um crescimento de 22% desde 2019 e só não é mais impressionante que as previsões de diversos especialistas, que estimam que até o ano de 2030, possam representar nada menos do que 80% de toda força de trabalho dos Estados Unidos.

Alguns outros itens dão a real escala da oportunidade:

  • 75% dos que trocaram posições adicionais por freelance declararam estar ganhando mais do que antes
  • 73% dos estudantes atuais declararam que pretendem iniciar suas carreiras profissionais como freelancers
  • 59% dos freelancers declararam terem feito cursos de especialização no ano anterior (vs.s. Apenas 36% dos não freelancers)

Em suma: Não há melhor momento para empreender do que o que estamos vivendo. A demanda por freelancers tende a aumentar exponencialmente e os profissionais precisam estar preparados para lidar, de maneira organizada, para atendê-la.

Aqui no Brasil, empresas como a Contabilizei, proporcionam não só a abertura de empresa de maneira rápida e 100% digitalizada (literalmente sem sair de casa), como também provê uma série de ferramentas desenvolvidas especificamente para este mercado, tais como cadastro de clientes, gestão de cobrança integradas a emissão de notas fiscais, parcelamentos de serviços oferecidos, crédito, além, é claro, da contabilidade completa e digital.

Com a empresa aberta, a Contabilizei oferece, por exemplo, a possibilidade do freelancer emitir uma cobrança, já atrelada a emissão de nota fiscal, na qual seu cliente pode optar pelo pagamento em até 12x e a empresa ainda assim recebe o valor (descontadas as taxas) à vista.

Bem vindo a era dos freelancers!

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedIn | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

Acompanhe tudo sobre:Comportamentogestao-de-negociosHome office

Mais de Bússola

7 em cada 10 brasileiros apostam na produção de biocombustível como motor de crescimento econômico

97% das empresas com receita de US$ 1 bi já sofreram violação por IA generativa, aponta instituto

Luiz Garcia: como a construção civil pode superar os desafios provocados pelo aumento do INCC

Bússola Cultural: moda periférica com Karol Conká e Tasha&Tracie