Presidente Jair Bolsonaro: manifestantes pedem impeachment e celeridade na vacinação. (Adriano Machado/Reuters)
André Martins
Publicado em 17 de março de 2021 às 15h51.
Última atualização em 17 de março de 2021 às 15h56.
O Datafolha foi a campo e constatou um contingente de ótimo+bom do governo/presidente estável em 30% e um possível leve deslocamento do regular para o ruim+péssimo. Mas a estabilidade da avaliação favorável contrasta com a piora do julgamento que o eleitor faz do desempenho de Jair Bolsonaro na pandemia.
A curiosidade é sobre como os números vão evoluir no futuro próximo. Quando, e se, o desgaste causado pelas políticas governamentais diante da crise sanitária vai corroer significativamente o "núcleo duro" do apoiamento bolsonarista. Que, em market share, corresponde à dimensão do apoio que o então candidato Bolsonaro teve no primeiro turno em 2018.
O curto prazo não reserva boas notícias para o governo. A trágica contabilidade de mortes não dá trégua, a vacinação ainda demora um pouco para engatar definitivamente e a previsão para os resultados da economia em fevereiro e março não é das mais brilhantes. Mas, atenção, os números econômicos de janeiro foram melhores que as previsões. E volta agora (algum) auxílio emergencial.
Vamos aguardar para ver quanto vai durar esse curto prazo. Se vai ser curto mesmo, ou nem tanto. E vamos olhar para ver como a política se comporta com a tempestade chacoalhando o barco.
* Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
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