Redes: "É importante analisarmos que a mídia tem um papel fundamental no trabalho de comunicação" (Bússola/Reprodução)
Mariana Martucci
Publicado em 27 de agosto de 2020 às 06h55.
Última atualização em 27 de agosto de 2020 às 14h46.
Muito tem se questionado sobre o papel da mídia paga na comunicação entre marcas e consumidores. De um lado, sabemos que a tecnologia ajudou a rastrear necessidades e interesses, dando assim a oportunidade de as empresas alcançarem e interagirem de maneira mais próxima a seus clientes. Do outro, temos cada vez mais questionamentos sobre confiança e como esses dados serão manipulados.
O relatório “A Mídia & Eu”, da Kantar IBOPE Media, traz uma análise profunda sobre como a comunicação direcionada pode impactar a relação de confiança entre marcas e consumidores e, principalmente, como a mídia paga é vista na construção de reputação de marca ao longo do tempo. O estudo também mostra o crescimento do mercado de marketing de influência que, junto ao trabalho de PR, ajuda no relacionamento e de credibilidade das marcas. Veja o relatório completo.
É importante analisarmos que a mídia tem um papel fundamental no trabalho de comunicação e que, cada vez mais, estamos saindo dos modelos tradicionais para encontrar formatos que tragam conversas relevantes com nosso público alvo. Parcerias com influenciadores, branded content, interação da TV com a internet, não importa. O mercado está se movimentando para entregar cada vez mais valor para a audiência. Um exemplo disso foi a Globo que, nesta segunda-feira (24), lançou novos pacotes comerciais para a Black Friday 2020 que tem como premissa construir junto a agências e clientes ações criativas e customizadas para cada um dos canais do Grupo, trazendo formatos de mídia inovadores e ainda mais engajadores.
Assim como a mídia pode ser uma ferramenta para estimular conversas entre marcas e consumidores, ela também é bastante relevante para outros fins, como campanhas eleitorais nas redes sociais. As eleições de 2018 foram um exemplo claro disso. Para as eleições de 2020, a regulamentação de campanhas na internet conta com algumas mudanças importantes, principalmente no combate a notícias falsas, veracidade de páginas e perfis de candidatos e impulsionamento de conteúdo ou propaganda eleitoral. Apesar de ainda pequenas, essas alterações se mostram extremamente importantes dentro do cenário atual do País.
Outro tema que voltou para o centro do debate é a chamada PL das Fake News que, agora, está discutindo um ponto importante: a rastreabilidade das mensagens em massa. O intuito da proposta é descobrir autores de crimes na internet, mas especialistas debatem sobre o risco à nossa privacidade, uma vez que o projeto prevê acesso aos metadados das mensagens que compartilhamos. O Whatsapp já se pronunciou sobre o assunto e disse que a regra força os aplicativos a armazenar todas as mensagens em seus servidores, interferindo assim, na criptografia de ponta a ponta, como é feito atualmente. A UOL Tilt reuniu opiniões de diversos especialistas sobre o debate, vale a pena conferir.
Paralelo a esse debate, as plataformas também estão se movimentando no combate à desinformação. Com as eleições presidenciais dos Estados Unidos chegando, o Facebook já anunciou que está considerando implementar um ‘circuit breaker de viralização’ que terá como objetivo diminuir drasticamente o compartilhamento de determinados conteúdos sob avaliação de moderadores.
Boa leitura!
*Sócios-diretores da FSB Comunicação