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Novo ensino deve prever raciocínio rápido e multitarefa, diz cientista

Online e gratuito, Two Languages, evento da Pearson, trouxe Claudia Costin e Ariovaldo Alberto para discutir o desafio da língua inglesa no Brasil

Somente 5% dos brasileiros adultos sabem o inglês básico. (mixetto/Getty Images)

Somente 5% dos brasileiros adultos sabem o inglês básico. (mixetto/Getty Images)

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Publicado em 16 de agosto de 2021 às 19h13.

O ser humano é ansioso, é rápido, possui raciocínio fragmentado e é multitarefa. Quem não entender esse formato e jeito de pensar terá muita dificuldade para ensinar, principalmente neste momento da educação inserida em um universo digital. Foi com pontos como esse trazidos pelo neurocientista Ariovaldo Alberto, que o evento online Two Languages deu início no último dia 12 de agosto. Realizado pela líder global de aprendizagem Pearson, o encontro contou também com a participação da pesquisadora Claudia Costin, que contribuiu com a leitura do cenário da educação no século 21 e como aplicar o bilinguismo nela.

“O evento foi pensado para retomar todas as pautas que ficaram congeladas pelo cenário educacional da pandemia. Não sabemos se será possível continuar de onde paramos, uma vez que em 2019, a discussão estava bem avançada, mas queremos contribuir com essa reflexão”, declara Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson LATAM.

Diante desse cenário, para Ariovaldo, assim como o Inbound Marketing, busca atrair, converter e encantar clientes, a Educação também tem esse papel. À medida que se entende o momento do aluno quanto ao conhecimento e busca seu engajamento, vai se criando uma micro transformação individual a partir do conteúdo e no final cria um senso de mentoria e domínio sobre o assunto (ele é atraído, convertido e encantado). Essa estratégia pode ser conhecida como uma metodologia ativa, mas também vem dando margem para um novo termo ainda a ser desenvolvido que é o Inbound Education.

“É impossível não pensar o que vai acontecer com essa nova geração que é hiperconectada. Como usar isso a favor? Por que não unir os novos dispositivos ao acesso à segunda língua, principalmente o precoce. Isso vai agir no mecanismo neuroplástico fundamental no cérebro facilitando não somente o aprendizado de uma nova língua, mas no bilinguismo”, afirma o neurocientista.

Já Claudia trouxe a Educação dentro do contexto dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), pensados pela ONU com metas a serem cumpridas até 2030. Com isso o que se quer são princípios básicos, como assegurar uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todas as crianças, que cheguem ao fim e não apenas o acesso à Educação Primária e Secundária.

Segundo a pesquisadora, em dados gerais pré-pandemia e ainda não atualizados no atual cenário, somente 5% dos brasileiros adultos sabem o inglês básico e menos de 1,5% são fluentes no idioma. Um ponto importante de virada nesse contexto é a Reforma do Ensino Médio, em que a escola passará a ser em período integral e o bilinguismo vai poder ser pensado de maneira estruturada.

“Não dá para o país que é a 12ª economia do mundo em termos de PIB, imaginar que vai ter um ensino significativo da língua com apenas quatro horas por dia de aula. Para o bilinguismo ser vivido na vida desse aluno, ele precisa ter o inglês não somente na disciplina efetiva, mas também em Artes, Ciências, História e Geografia. Mais do que isso, a escola precisa expor as crianças a mais experiências, a um ambiente que desperte suas curiosidades”, declara.

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