Transgender Flag hold in the sky (Vladimir Vladimirov/Getty Images)
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Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 07h00.
No Brasil, os desafios enfrentados por pessoas trans no mercado de trabalho ainda são expressivos. Dados do Datafolha (maio/24), indicam que 15,5 milhões de brasileiros pertencem à comunidade LGBTQIAPN+, representando cerca de 7% da população. No entanto, um levantamento realizado em quase 300 empresas, abrangendo 1,5 milhão de trabalhadores, revelou que apenas 4,5% dos postos de trabalho são ocupados pela comunidade LGBTQIAPN+. Ao considerar apenas as pessoas trans, o grupo representa apenas 0,38% do quadro de colaboradores.
Hoje, 29/01, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Convidamos três empresas brasileiras para apresentar suas ações pertinentes à diversidade e inclusão, e à comunidade trans.
Em censo interno de diversidade, esses colaboradores relataram sentir-se confortáveis para serem quem são dentro da companhia.
Atualmente, 16,7% dos 12 mil funcionários da empresa se identificam como LGBTQIAPN+, sendo 2,5% (cerca de 300 pessoas) trans ou não binárias. A marca também criou o grupo de afinidade “Sim, Eu Sou”, que promove debates e sugere melhorias para fortalecer a inclusão.
Os funcionários podem utilizar nome social e pronomes escolhidos em crachás e sistemas administrativos, sem exigência de documentação oficial atualizada.
"A equidade, diversidade e inclusão nas empresas é uma importante ferramenta de transformação em nossa sociedade, mas não basta obter representatividade dentro dos muros da organização. Acredito que o primeiro passo é compreender as necessidades dos grupos minorizados, praticar efetivamente a inclusão e implantar iniciativas que ultrapassem os muros. Isso é o que temos buscado fazer por aqui”, diz Nivaldo Tomasio, gerente de visual merchandising da Pernambucanas e líder do lrupo de afinidade “Sim eu Sou”.
Desde 2022, a empresa oferece reembolso ou adiantamento de até R$ 5 mil para colaboradores que passam pelo processo de retificação de nome civil, beneficiando tanto pessoas trans quanto não binárias. Dâm Mageski, colaborador do Will Bank, ressalta o impacto dessa iniciativa: "Sem o suporte financeiro do Will Bank, eu não conseguiria arcar com os custos da retificação do meu nome. Além disso, contei com uma rede de apoio dentro da empresa, o que foi fundamental para meu bem-estar emocional durante todo o processo.”
As despesas de retificação de nome para colaboradores transgêneros são pagas pela empresa desde 2023. A companhia tem 230 funcionários da comunidade trans e, desde o início do programa, sete pessoas já utilizaram o benefício.
Para além das ações internas, a empresa de calçados possui também o programa “Alpa TRANSforma”, um projeto de desenvolvimento profissional exclusivo para pessoas trans, com foco em competências básicas, socioemocionais e de educação digital.
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