22 milhões de gatos vivem nas casas brasileiras. (Getty Images/Getty Images)
Bússola
Publicado em 8 de agosto de 2021 às 09h00.
Hoje, 8 de agosto, é o Dia Internacional do Gato, mais uma data para celebrar os felinos. Menos dependentes de seus tutores, estão presentes nas casas de milhões de brasileiros. Vivem hoje no país 22 milhões de gatos, e a previsão é que esse número ultrapasse 30 milhões até 2022, segundo o IBGE.
Mas esse dado preocupa por conta da quantidade de animais que vivem nas ruas, sem nenhum tipo de cuidado, o que se agravou com a pandemia e a diminuição das adoções.
Apesar do período de isolamento social ter estreitado o relacionamento entre tutores e seus animais de estimação, a ONG SalvaGato registrou uma grande queda no número de adoções. “Por conta das restrições e uma questão de saúde pública, tivemos de suspender as feiras de adoção durante três meses, o que impactou muito”, afirma Fabiano Martinelle, promotor de eventos da ONG que realiza alguns de seus eventos na loja da Cobasi em São Paulo.
Com a volta da realização das feiras, a expectativa é que mais felinos ganhem um lar. E para estimular a adoção para quem é novo no universo dos gatos, a Bússola conversou com o biólogo e coordenador de conteúdo da Cobasi, Thiago Sá, sobre alguns dos principais cuidados que se deve ter antes de levar o novo amigo pra casa. Confira
1) Antes da adoção, a casa ou o apartamento deve ter todas suas janelas teladas para evitar fugas. Portas de acesso à área externa devem ser mantidas fechadas.
2) O ideal é investir em itens de gatificação, como prateleiras, tocas e arranhadores. Bebedouros do tipo fonte também são indicados. Isso cria um ambiente atrativo e divertido para o gato.
3) O tutor deve estar ciente que o novo felino irá desbravar o ambiente, demarcar território e possivelmente arranhar cortinas, sofás e outros móveis: isso faz parte do comportamento do gato.
4) Para facilitar a adaptação, alguns produtos ajudam bastante, como catnip e Feliway.
5) É importante que a família respeite o tempo do gato, não forçando a interação. À medida que o felino se sentir à vontade, ele irá se aproximar da família e construir uma grande relação de carinho.
“Primeiramente, é preciso pensar na responsabilidade e no compromisso assumidos. Gatos são animais com uma boa longevidade e, portanto, é um compromisso de dedicação e amor por muito tempo”, afirma Martinelle. Ele ainda chama atenção para que a pessoa esteja ciente das despesas básicas para proporcionar qualidade de vida ao animal e que, independentemente da mudança de circunstâncias, como separação, gravidez ou mudança de endereço, não se pode descartar ou abandonar o gato.
Sexta-feira 13
O mês de agosto deste ano também reserva um dia de muita preocupação para tutores, a sexta-feira, 13. Segundo Laurence, o preconceito com o gato preto, que não é somente nesta data, é intensificado. É quando eles sofrem mais maus tratos, sendo utilizados, inclusive, para magia negra e feitiçaria. Ela reforça que se o animal não tem contato com a rua, não são necessárias preocupações extras. “Porém, se criar o gato solto, é importante protegê-lo prendendo-o em casa, porque é possível que ele sofra agressões ou suma.”
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