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Navegar voando: wi-fi para celular vira rotina em aviões

Entretenimento em voos alia a oferta de internet (quase sempre paga) às tradicionais telinhas com filmes e séries

Serviço de internet ainda é recente no serviço de aviação. (David McNew/Getty Images)

Serviço de internet ainda é recente no serviço de aviação. (David McNew/Getty Images)

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Publicado em 9 de julho de 2022 às 17h00.

Por Danilo Vicente* 

Voltei de férias, de uma viagem que só faltou utilizar moto e quadriciclo como meios de transporte. Barco, carro, bicicleta, trem e bonde estiveram no dia a dia de meu roteiro, além do quase obrigatório avião para chegar à Europa. É neste que quero concentrar meu texto de retorno à Bússola Play. Na verdade, no entretenimento nos aviões.

Até bem pouco tempo atrás um celular ligado à internet causava pânico entre os passageiros de avião, com o medo de atrapalhar o aparato tecnológico de comando do piloto (ainda o uso de aparelhos é restrito a momentos do voo). Porém, hoje em dia as principais empresas aéreas do mundo já oferecem conexão via wi-fi para quem está voando – especialmente nos mais novos modelos de aeronaves. Em voos extensos, o wi-fi é um complemento às telas nas costas de assentos com os tradicionais filmes e séries. Em empresas “low cost”, são a única chance do passageiro.

No Brasil, a Gol começou a oferecer wi-fi em voos em 2016. A Latam introduziu o serviço em 2018. E a Azul foi a última, em 2021. Gol e Latam cobram pelo serviço, com diferentes pacotes, variando em tempo e possibilidades (apenas envio de mensagens ou o acesso a streaming, por exemplo). A Azul oferece wi-fi grátis.

No exterior, a gratuidade existe de diferentes maneiras. A KLM, por exemplo, disponibiliza 30 minutos grátis. Já a Air France não cobra para mensagens instantâneas (WhatsApp, Wechat, entre outros). Na ITA Airlines, nova denominação da Alitalia, a gratuidade é apenas para as classes mais caras de assentos.

Além da conexão à internet, as empresas continuam investindo em novidades do cinema e do streaming para entreter seus passageiros. É algo já secular – e que em voos em distâncias maiores continuam firmes.

A primeira companhia aérea com sistema de entretenimento em voo foi a americana Aeromarine Airways, que operou de 1920 a 1924, com filmes em aviões anfíbios a partir de 1921. Em 1932 a Western Air Express iniciou a transmissão de televisão em avião, recurso bastante popular na era dos dirigíveis: o Hindenburg de 1936 tinha piano, bar e sala para fumantes. Foi em 1988 que vieram os monitores individuais, na Northwest Airlines.

De lá para cá muito se avançou, evidentemente. É corriqueiro ter lançamentos do cinema nas telas de aviões. Quando não há – a ITA, por exemplo, só oferece filmes mais antigos – o passageiro reclama. Com o avanço do streaming, séries ganharam relevância. Já é possível assistir a temporadas inteiras em voos. Por outro lado, há empresas, como a Air Europa, que cobram pelos fones de ouvidos, essenciais para a diversão.

O wi-fi a bordo dá mais possibilidades aos passageiros e às empresas (que podem escolher em quais voos oferecer a telinha com filmes e séries). Um avanço para suportar as horas e horas dentro destes maravilhosos tubos voadores.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

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