Na pandemia, período de maior cautela, decisões de compra passaram pelas avaliações de influenciadores de confiança dos consumidores. (Maskot/Getty Images)
Bússola
Publicado em 31 de dezembro de 2021 às 14h48.
Os últimos dois anos foram cruciais para o crescimento do marketing de influência. Na pandemia, período de maior cautela, muitas decisões de compra passaram pelas avaliações e pelo endosso de influenciadores de confiança dos consumidores. “Ganharam mais força os influenciadores especializados em suas temáticas”, diz Leo Soltz, CEO da One Big Media, mediatech especializada em desenvolver e impulsionar criadores de conteúdo das redes sociais.
Confira abaixo as principais tendências para o marketing de influência no ano que vem.
1- Mais engajamento, não necessariamente mais audiência
Cada vez mais, percebe-se que muitos influenciadores com menos seguidores, porém mais engajados, convertem mais vendas. Com audiência mais homogênea, eles tendem a trazer conteúdos mais especializados e, portanto, despertam mais confiança de quem os segue. Também estão mais dispostos a trabalhar em formatos diferentes. “Há pouco tempo vimos o crescimento dos micro e nano influenciadores, que passaram a ser percebidos com um olhar especial pelo potencial de engajamento, assim como experiências diversas para além de posts patrocinados”, diz Soltz.
2- Co-criação e mais envolvimento
O mercado tende a amadurecer em formatos. As agências, os anunciantes e os criadores, em crescente profissionalização, estão buscando novas possibilidades de atuação além do famoso #publi. Os influenciadores devem entrar em parcerias de co-criação e se envolver em diversas fases da venda e mesmo do desenvolvimento de produtos. Alguns estão indo mais além, com a troca de seus cachês por equity nas empresas ou mesmo por uma participação nas vendas. Tudo isso para trazer soluções mais adequadas à sua audiência. “A valorização de relações a longo prazo com influenciadores e a consolidação da estratégia de cocriação — e não apenas do uso dessas “personas” como um espaço de mídia tende a evoluir, assim como o entendimento dos diferentes objetivos para seu uso”, diz Soltz.
3- Live commerce
O executivo destaca que outra tendência é a live commerce, que, só no mercado chinês, movimentou US$ 131 bilhões de dólares em 2021 e já representa 37% do total de vendas por meio de social commerce (dados da consultoria eMarketer). Trata-se de um formato no qual o consumidor tira suas dúvidas sobre o produto que deseja adquirir com o próprio influenciador, no exato momento da compra. “É muito prático porque o seguidor compra dentro da plataforma social, sem sair daquele ambiente”, diz Soltz.
“Estamos avançando para entender melhor o formato e até as possibilidade de produtos que podem ter o maior fit para seguir essa jornada com a rede social Kwai que é uma das especialistas no assunto na China e agora, no Brasil. A rede vem produzindo excelentes números de crescimento em audiência e nós da One Big Media estamos crescendo com eles. Natural que busquemos uma relação que transcenda o espaço dos memes nos short vídeos e sigamos por um caminho do endosso trazido pelos influenciadores, atuando em um mercado de bilhões de dólares”, declara Soltz.
Por fim, Soltz afirma que uma vez que as marcas experimentaram os benefícios da influência, não há mais volta. Portanto, o especialista afirma que 2022 será um período de grandes movimentações e evolução nessa área.
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