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Na pandemia dentro da pandemia, mulheres sofrem mais que homens

Problemas de saúde mental afetam mais mulheres, sujeitas a jornadas duplas ou triplas

Mulheres sentem mais medo, tristeza e cansaço durante a pandemia (staticnak1983/Getty Images)

Mulheres sentem mais medo, tristeza e cansaço durante a pandemia (staticnak1983/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2021 às 13h10.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às 13h29.

Por André Jácomo*

Estamos há quase 15 meses em pandemia. Alguns saindo apenas para atividades essenciais, vários perderam seus empregos e muitos com horas e horas do dia a mais dedicadas para executar as tarefas do cotidiano.

O peso e as consequências emocionais da pandemia chegam para todos.

De acordo com pesquisa feita pelo Instituto FSB Pesquisa para Confederação Nacional da Indústria (CNI) com uma amostra representativa do país, 88% dos brasileiros sentiram algum grau de preocupação, 75% sentiram tristeza, 73% ficaram com medo, 55% sentiram raiva e 50% reportaram maior cansaço.

E, em um país com tantas desigualdades econômicas e sociais como o Brasil, os problemas de saúde mental também afetam mais alguns brasileiros do que outros. Especialmente as mulheres.

A pesquisa mostra alguns dados reveladores. Em comparação com os homens, as mulheres brasileiras sentiram-se mais tristes (82% contra 67%), com mais medo (80% contra 64%) e mais cansaço (66% contra 41%) nos últimos meses.

A vulnerabilidade aos problemas de saúde mental não é causada só pelo medo do vírus. A dupla jornada (às vezes tripla), a concentração do acompanhamento das atividades escolares dos filhos e do cuidado da casa, agora com mais pessoas dividindo o mesmo espaço, sobrecarregam emocionalmente mais as mulheres do que os homens.

Há várias pandemias dentro da pandemia. E, em uma delas, as mulheres estão sofrendo mais.

*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa

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