Celular com pix (Marcio Binow Da Silva/Getty Images)
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Publicado em 19 de maio de 2025 às 07h00.
Pix parcelado, por aproximação, automático, novas regras, essas são algumas das novidades do sistema de pagamento instantâneo registradas em menos de um ano. Desde o seu lançamento, em 2020, o Pix passou por muitas atualizações.
Para Renan Basso, co-fundador e diretor de negócios da MB Labs, grupo especializado em consultoria e desenvolvimento de aplicativos e plataformas digitais, todas essas atualizações refletem de forma significativa na experiência do consumidor e no cotidiano dos usuários.
“Todos os lançamentos que ocorreram são um esforço contínuo para aprimorar a segurança e a funcionalidade do sistema, atendendo às necessidades de um público cada vez mais digitalizado”, diz.
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, seis em cada dez consumidores afirmam que sempre utilizam o Pix para pagamentos, destacando a rapidez e a praticidade como principais motivos. O sistema é amplamente aceito em lojas físicas, comércio online e para o pagamento de contas de consumo.
Pensando nisso, Renan explicou como cada lançamento recente afetou na vida do consumidor e usuário:
O Pix Automático permite que usuários configurem pagamentos recorrentes, como contas de água, energia e serviços de streaming, diretamente em suas contas bancárias, sem necessidade de autenticação manual a cada transação. Por outro lado, o Pix por Aproximação utiliza tecnologia NFC para permitir pagamentos rápidos e seguros, semelhantes aos realizados com cartões de crédito por aproximação. Ambas as inovações visam facilitar o dia a dia dos consumidores, tornando as transações mais ágeis e convenientes.
A partir de janeiro de 2025, operadoras de cartões, aplicativos de pagamento e bancos digitais passaram a ser obrigados a reportar movimentações financeiras à Receita Federal. Transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas devem ser informadas semestralmente. Essa medida visa reforçar o combate à evasão fiscal e promover maior transparência no sistema financeiro. No entanto, ela levanta questões sobre o sigilo bancário e a privacidade dos consumidores, que devem estar atentos ao monitorar suas movimentações financeiras.
Entre as mudanças mais significativas está a implementação de limites para transações realizadas em dispositivos não cadastrados. Agora, transferências acima de R$ 200 só podem ser efetuadas por aparelhos previamente registrados pelo usuário. Para dispositivos não cadastrados, o limite é de R$ 200 por transação e R$ 1.000 por dia. Essa medida visa proteger os consumidores contra fraudes, especialmente em casos de roubo de aparelhos ou engenharia social. No entanto, usuários que realizam transações frequentes podem sentir a necessidade de registrar seus dispositivos para evitar limitações inesperadas.
“O equilíbrio entre inovação, segurança e usabilidade será determinante para o sucesso contínuo do Pix. Mas, é fundamental que bancos e instituições financeiras invistam em tecnologias que garantam a proteção contra fraudes e ofereçam suporte eficiente aos usuários, bem como é essencial que os consumidores estejam informados sobre as mudanças e adotem práticas seguras ao utilizar o sistema”, finaliza.
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