Desde setembro, peixe-boi é patrimônio cultural do Pará (Alcoa/Divulgação)
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Publicado em 31 de outubro de 2025 às 07h00.
Em setembro, o Governo do Pará declarou o peixe-boi da Amazônia e o peixe-boi marinho patrimônios culturais naturais do Estado. O objetivo é reforçar a importância do animal como símbolo da biodiversidade Amazônica e da identidade cultural paraense.
Atuando na região oeste do Pará desde 2009, a Alcoa, mineradora líder em bauxita e alumínio, firmou termo de cooperação que dirige investimento de R$ 862,5 mil para a viabilização de iniciativas em Santarém, conduzidas pelo ZooUnama, e em Oriximiná, com o Projeto SOS Peixe-Boi.
Entre as ações previstas estão a construção de uma estrutura flutuante no Igarapé do Costa, em Santarém, com dois tanques de aclimatação para peixes-boi e a aquisição de um veículo 4x4 para apoio às operações de reabilitação.
A cooperação com o ZooUnama soma-se a uma parceria iniciada em 2013, que já beneficia animais silvestres atendidos pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) da Alcoa, em Juruti.
“Desde então, animais que não puderam ser reintroduzidos na natureza têm sido acolhidos pelo zoológico, garantindo cuidados especializados. Essa colaboração mostra como a conservação ambiental é parte essencial da nossa atuação”, destacou Raony Alencar, gerente de Biodiversidade da Alcoa.
“O projeto atende mais de 30 animais em processo de reabilitação e, agora, com o apoio da Alcoa, vamos criar um espaço exclusivo para tratamento antes da reintegração à natureza”, celebra o professor Hipócrates Chalkidis, supervisor administrativo do ZooUnama.
Já em Oriximiná, o Projeto SOS Peixe-Boi, realizado com apoio de comunidades ribeirinhas, terá condições de expandir suas ações de conscientização e construir tanques de emergência para filhotes resgatados, como o João Gutão, que inspirou a criação do Dia Estadual de Preservação ao Peixe-Boi.
“Essa união assegura a continuidade do Projeto SOS Peixe-Boi e reforça a relevância da espécie para a região. Antes, o peixe-boi era visto apenas como alvo de caça, hoje, tornou-se símbolo de conservação e esperança”, conclui Maria Cristina Andrade, coordenadora do Instituto Igarapé Nhamundá.