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Médium pop da TV, com 300 mil pessoas na lista de espera, chega à Netflix

Tyler Henry é a nova atração do streaming, com gente contra, mas muitas pessoas a favor

Streamngs: a geração Y é a que mais consome conteúdos.  (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Streamngs: a geração Y é a que mais consome conteúdos. (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

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Publicado em 12 de março de 2022 às 15h19.

Última atualização em 12 de março de 2022 às 15h21.

Por Danilo Vicente*

Trezentas mil pessoas estão na lista de espera para fazer uma sessão mediúnica com Tyler Henry, segundo o próprio, o médium que ficou famoso ao estrelar o programa The Hollywood Medium, na rede de TV “E!”. É com esse sucesso que ele chegou com destaque nesta sexta-feira, 11 de março, à Netflix.

O novo programa no streaming é “Vida após a morte, com Tyler Henry”. Não mais focado em subcelebridades (e algumas celebridades) de Hollywood, a atração com Tyler conta sua vida e de sua família. E passa a mostrar pessoas em geral desconhecidas.

A ascensão de Tyler na TV segue o exemplo de Theresa Caputo, outra médium que, antes de Tyler, lançou um programa no mesmo canal “E!”: “A Médium”. A diferença é que Theresa nunca focou em famosos. O canal de TV apostou em Tyler em 2016, após ele participar, um ano antes, no programa das Kardashian. Havia o temor do canal em cansar a audiência após Theresa bombar na TV. Não foi assim. Os nove episódios da primeira temporada foram só o início.

Acredite-se ou não na mediunidade de ambos, o que Tyler e Theresa trazem é entretenimento de qualidade. São figuras “sui generis”. Ela é expansiva, com um penteado que chama atenção. Ele é o inverso, cabelo arrumadinho, quieto, imagem de bom menino. E assim conquistam quem está à frente deles no programa e quem está do outro lado da TV.

As críticas, evidentemente, não cessam. Mas a defesa de ambos é em maior volume (basta ver as redes sociais). Podem ser dois golpistas? Podem. Porém, são duas atrações imperdíveis e que souberam se diferenciar em um ambiente de intensa concorrência como a TV.

Vale a atenção ao modo como construíram suas carreiras. E podem ser exemplos para pessoas e empresas. Além da diferenciação da “marca” de cada um, os programas são bem cuidados, com produção de primeira. Há emoção o tempo todo, não só no choro dos convidados que reconhecem uma fala ou um momento com a pessoa querida que já faleceu, mas também na relação familiar dos apresentadores, o que traz “humanidade” a ambos.

Eu vou investir boa parte do fim de semana maratonando Tyler Henry.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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