Marcas próprias fortalecem o branding (//Reprodução)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 30 de março de 2023 às 15h00.
Última atualização em 30 de março de 2023 às 15h17.
Já entrou em um supermercado ou farmácia e deu de cara com vários produtos que carregam o nome da loja ou marcas que pertencem ao estabelecimento comercial? Se este é o seu caso, então você viu ou consumiu itens que seguem a estratégia de marca própria.
Embora muitos possam pensar que a marca própria é sinônimo de baixa qualidade, essa é uma ideia equivocada. Na verdade, esta solução pode oferecer benefícios tanto aos varejistas quanto aos consumidores.
As marcas próprias são um caminho para garantir um diferencial competitivo no setor de varejo. Através dessa estratégia, é possível combinar o know how da indústria sobre produtos e o conhecimento das lojas sobre os consumidores.
O sucesso dessa estratégia já é evidente. De acordo com um estudo da NielsenIQ, divulgado no fim de 2022, um terço dos lares brasileiros opta por produtos com selos próprios. Afinal, com as marcas exclusivas, os consumidores encontram um indicador de confiança e qualidade aos itens comercializados pela empresa.
Com a estratégia, as companhias ganham elementos para se destacar na concorrência. Entre eles, está a independência ao formar preços de venda, fator importantíssimo na decisão de compra. Especialmente com a existência do celular, que torna inevitável a comparação de valores praticados pelo ponto de venda e pelo e-commerce.
É aí que entra outra vantagem oferecida pela marca própria: a fidelização. Por ser uma oferta exclusiva, os consumidores só podem encontrar o produto em determinadas lojas. Assim, a estratégia também incentiva uma visita frequente ao estabelecimento.
De sobra, a solução fortalece o branding ao levar a marca à casa do consumidor.
Os projetos desse segmento ainda garantem mais autonomia para atender às necessidades do público de maneira assertiva. Sejam eles originados por “fast copy” ou elaborados exclusivamente, as empresas podem facilmente personalizar seus produtos, para deixá-los com a “cara” da loja.
Este procedimento reduz a complexidade ao elaborar os produtos. Afinal, os processos de fabricação ou importação e certificação dos itens ficam sob a responsabilidade do fornecedor. Ainda há a oferta de uma assistência técnica especializada no próprio Brasil, levando mais tranquilidade aos consumidores.
Ou seja, a indústria foca no processo e o varejo se preocupa apenas com as vendas.
Portanto, vale manter-se atento a esta tendência do mercado. Afinal, a estratégia expande a presença no mercado sem complicar a operação. Especialmente ao considerar que esta solução não está limitada ao segmento de alimentos, pois já temos casos de sucesso com itens voltados para a saúde, a beleza, o bem-estar e em outros setores.
*Renato Carvalho é administrador pela FGV e sócio da Relaxmedic; Camila Luizzi, relações públicas pela Cásper Líbero, possui MBA em marketing pela FGV e é gerente de marketing do Grupo Relaxmedic.
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Veja também
Aura Minerals anuncia resultados e planos de investimentos no Brasil
Silicon Valley e Subprime: coincidências e diferença
Com novo PAT e R$ 80 mi, Bullla quer 1 milhão de clientes no cartão BulllaEne