Ao ter suas condenações anuladas, Lula é favorito à próxima eleição presidencial segundo o Datafolha (Paulo Whitaker e Rodolfo Buhrer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2021 às 16h30.
Última atualização em 14 de maio de 2021 às 16h36.
Por Márcio de Freitas
A estratégia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chegar a 2022 em boa condição física lembra a expressão criada no futebol: jogar sem a bola. Ele está em campo, mas quem efetivamente sofre carrinhos dos adversários, vê o supremo juiz apitar impedimento e tem um time com entrosamento duvidoso é o presidente Jair Bolsonaro.
Sem grande exposição à mídia tradicional, Lula voltou do vestiário forçado para o campo com autorização do Supremo Tribunal Federal. E usa esse passaporte como discurso político para atacar o juiz que o tirou do último campeonato, Sergio Moro. Afinal, Moro deixou o apito de magistrado e foi jogar, durante um tempo, no time do adversário de Lula.
Ironias à parte, a nova narrativa do petista, ao ver suas condenações anuladas e a falta de avanço do país diante da pandemia, elevou-no à condição de favorito na próxima eleição presidencial. É o que está dito no Datafolha divulgado nesta semana. Nuvens de hoje no céu.
Enquanto Lula joga sem a bola, Jair Bolsonaro leva caneladas dos adversários na CPI da Pandemia, onde apanha dia sim, idem no outro. Seu time já fez belos gols… contra.
A bola continuará com Bolsonaro, porque ele é o incumbente. Sua estratégia até agora tem sido manter parte da torcida fiel. Para virar o jogo precisa de mais gente ao seu lado na arquibancada. Precisa driblar a pandemia, a inflação e botar a economia para correr.
Sem marcação, Lula segue livre no campo.
*Márcio de Freitas é analista político da FSB Comunicação
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