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Live — Quais desdobramentos da nova fase da corrida eleitoral em abril

Webinar da Bússola discutiu o fim do período de janela partidária e prazo de desincompatibilização nessa nova fase da corrida eleitoral

Últimos dias registraram movimentos importantes nas peças do tabuleiro para a disputa de outubro (© Abdias Pinheiro/SECOM/TSE/Agência Brasil)

Últimos dias registraram movimentos importantes nas peças do tabuleiro para a disputa de outubro (© Abdias Pinheiro/SECOM/TSE/Agência Brasil)

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Publicado em 7 de abril de 2022 às 20h41.

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Abril marca uma nova fase da corrida eleitoral deste ano. No início deste mês, chegou ao fim o período de janela partidária, que permitia o troca-troca de legendas entre parlamentares, e o prazo de desincompatibilização, obrigando quem vai concorrer às eleições a deixar cargos em governos. Com isso, os últimos dias registraram movimentos importantes nas peças do tabuleiro para a disputa de outubro. Nesse contexto, a Bússola realizou nesta quarta-feira, 6, um webinar para debater tudo sobre a nova fase da corrida eleitoral.

Participaram do debate mediado pelo diretor da plataforma, Rafael Lisbôa, o analista político da FSB Comunicação, Alon Feuerwerker; Marcio de Freitas, também analista político da FSB Comunicação, e Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência.

Dez ministros de Bolsonaro abandonaram a Esplanada em busca de vagas no Congresso e no comando de governos estaduais. A maioria foi substituída por nomes técnicos da própria equipe. A dança das cadeiras incluiu o general Braga Netto, que deixou o Ministério da Defesa e é cotado para ser vice na chapa do presidente.

Outras mudanças no primeiro escalão já haviam impactado o governo, mesmo antes da reforma ministerial. Milton Ribeiro pediu para sair do Ministério da Educação diante das suspeitas de intermediação de pastores na liberação de verbas do MEC a municípios.

E com a demissão do general Joaquim Silva e Luna, a Petrobras mudou de comando. Os sucessivos reajustes no preço dos combustíveis — e seu efeito eleitoral — teriam pesado na decisão de Bolsonaro, que escolheu o economista Adriano Pires para o lugar, mas ele declinou do convite. A justificativa é que a atuação de Pires como consultor da área de petróleo e gás para o setor privado poderia configurar conflito de interesses.

Quem também acaba de deixar o cargo são os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos do PSDB. Doria é o candidato oficial do partido na disputa presidencial, mas Leite corre por fora para tentar se viabilizar. Ainda no grupo da chamada terceira via, o ex-juiz Sergio Moro, ao trocar o Podemos pelo União Brasil, teria desistido, por ora, de concorrer ao Planalto, mas ainda não anunciou seus novos planos eleitorais.

Se o União Brasil ganhou Moro como correligionário, a legenda encolheu com a janela partidária. Antes o maior partido do país, nascido da fusão do DEM com o PSL, perdeu cerca de 40% dos seus deputados e tem agora apenas a 4ª maior bancada. No caminho inverso está o PL, partido do presidente Bolsonaro, que recebeu boa parte dos parlamentares do União Brasil e dobrou de tamanho, tornando-se a principal legenda. Na verdade, os partidos que formam a base do governo foram os que mais se beneficiaram com novas adesões e alcançam hoje um terço da Câmara.

Como todas essas movimentações nos partidos e nos governos vão afetar o xadrez eleitoral? As mudanças na terceira via abrem espaço para uma candidatura competitiva de centro ou favorecem a polarização entre Lula e Bolsonaro? O que revelam as últimas pesquisas de intenção de voto? E como os números da economia têm impactado a corrida presidencial?

Todas essas questões foram debatidas com os convidados. Assista na íntegra no canal da Bússola no YouTube.

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