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LIVE: Fontes de energia limpa colaboram com o planeta e com o bolso

Webinar da Bússola tratou de alternativas energéticas no Brasil, destacando como a agenda ESG pode e deve ser acessível para empresas e consumidores

Mais de 46% da energia produzida no país provém de fontes renováveis, dado importante para o Brasil (Roman Synkevych/Divulgação)

Mais de 46% da energia produzida no país provém de fontes renováveis, dado importante para o Brasil (Roman Synkevych/Divulgação)

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Publicado em 15 de julho de 2021 às 19h45.

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Em um cenário cada vez mais desafiador de enfrentamento às mudanças climáticas, o Brasil pode se orgulhar de possuir uma matriz “n” vezes mais sustentável que a média global. Mais de 46% da energia produzida no país provêm de fontes renováveis, enquanto o patamar mundial está em pouco mais de 14%. E entre as fontes de energia limpa que mais crescem no Brasil e podem contribuir para guiar a nação numa trajetória de desenvolvimento mais sustentável estão a eólica, a biomassa e a solar.

Atualmente o país ocupa a 7ª e a 14ª posições nos rankings mundiais de energia gerada respectivamente a partir da força dos ventos e dos painéis solares. E ainda há muito o que crescer, tendo a política ESG para o cerne da questão.

Essas foram algumas das conclusões do webinar promovido pela Bússola, na última quarta-feira, 13, que reuniu Rodrigo Freire, CEO e cofundador da energytech Holu; Fábio Carrara, CEO e cofundador da fintech Solfácil; Lucas Attademo, gerente de Contas Públicas e Galerias do Assaí Atacadista; e Eduardo Ferlauto, gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner; para debater sobre energias limpas e as oportunidade e ganhos com as novas fontes renováveis, tanto para consumidores quanto para a cadeia.

Durante o bate-papo, eles falaram sobre o futuro de cada negócio de acordo com a agenda ESG que assumiram e as expectativas das companhias para os próximos anos.

Há unanimidade quanto aos múltiplos benefícios das novas alternativas limpas e sustentáveis, tanto no campo da economia quanto econômicos. Segundo Rodrigo Freire, da Holu, há duas grandes frentes que fazem da energia solar um bom investimento. Por advir da fonte mais abundante e renovável de todas, o Sol, a geração distribuída reduz a emissão de gases do efeito estufa ao produz o energia; além de minimizar, economicamente, os medos do racionamento hídrico, aparecendo como um possível plano B para o país.

Democrática, a geração solar distribuída pode ser solução para qualquer um que tenha consumo de energia desde que tenha um espaço para a instalação de sistema e acesso a capital. “Nesse ponto, a Solfácil oferece a possibilidade de financiamento, possibilitando aos usuários trocar o custo de conta de luz (que é um financeiramente eterno) por um bom investimento no sistema de energia solar; possibilitando uma economia maior do que a parcela, mas com prazo, de 5 a 6 anos, para acabar e usufruir de energia grátis”, afirma Fábio Carrara, porta-voz da fintech líder em energia solar, que recebeu, recentemente, R$ 160 milhões de fundos internacionais para ampliar atuação nacional e desenvolver novas tecnologias.

Apesar de o Brasil ter começado atrasado, os números mostram que a energia solar é viável, e tem crescido 170% ao ano nos últimos cinco anos. Mas o mercado solar é anticíclico, ou seja, em momentos de baixa econômica, as pessoas querem diminuir custos e, por isso, aumenta a demanda por esse tipo de solução.

Eduardo Ferlauto, das Lojas Renner, diz que a companhia investiu na compra de energia eólica para atender 100% da demanda energética de 170 lojas e do seu novo centro de distribuição (CD), que está em construção em Cabreúva (SP), a partir de uma usina construída e operada pela subsidiária brasileira de energia renovável do Grupo Enel. Com a mudança, Eduardo diz que a expectativa é que 80% do consumo corporativo da Renner passe a ser atendido por fontes renováveis de baixo impacto — cinco pontos acima da meta de 75% estabelecida para o fim de 2021 em compromisso público.

“A operação com a Enel é uma iniciativa importante entre empresas privadas para contribuir de maneira eficaz com o combate às mudanças climáticas. Além disso, reforça nosso propósito de atuar em linha com os critérios ESG, para alcançar a sustentabilidade ambiental, social e econômica dos negócios. Somos reconhecidos nacional e internacionalmente por nossa sólida estratégia de moda responsável e estamos avançando dia após dia nessa frente”, afirma.

Para além das fontes renováveis, outra companhia que tem entendido as possibilidades econômico-ambientais das energias limpas é o Assaí Atacadista. Lucas Attademo, Gerente de Contas Públicas e Galerias do Assaí, diz que a sustentabilidade é um importante pilar do negócio e, dentro disso, contam com um robusto plano de eficiência energética. “Em março deste ano, anunciamos a migração completa do nosso parque de lojas de 2020 para o mercado livre de energia. Assim, o Assaí contará com uma energia mais limpa e proveniente das fontes eólica, solar, biomassa e pequenas hidrelétricas; das 187 lojas que temos atualmente, 171 já migraram para o mercado livre de energia. E 89% da nossa matriz energética tem como origem fontes renováveis.”

As lojas do Assaí também são construídas levando em consideração a eficiência energética e a gestão do impacto ambiental. As novas unidades, segundo Lucas, já são inauguradas com iluminação 100% em LED; ilhas de congelados e refrigerados com portas; e fachada de vidro e telhas translúcidas, que garantem um melhor aproveitamento da luz natural e contribuem para a diminuição do consumo de energia.

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