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Lideranças precisam gerenciar talentos e preparar a própria sucessão

Com um bom alinhamento de objetivos, um bom líder deve trazer sucesso para sua companhia

Gestão de pessoas é um dos tópicos mais importantes da década (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

Gestão de pessoas é um dos tópicos mais importantes da década (Compassionate Eye Foundation/Getty Images)

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Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 10h48.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 10h48.

Por Ronaldo Mello*

Diante da onda de inovação que temos vivenciado nas últimas décadas, com tantas descobertas e desenvolvimento de novas tecnologias, existe um ponto crucial que as lideranças precisam levar em conta quando se pensa em um futuro para os negócios: as PESSOAS.

Apesar de toda a disrupção trazida por novas tecnologias, temos vivido um grande desafio em torno da atração, retenção e motivação dos talentos .São as pessoas, as maiores responsáveis por fazer a roda girar no dia a dia de todo negócio.

Mas como as lideranças podem contribuir na gestão dos talentos?

Alinhar os objetivos da empresa com os de cada geração de talentos é um desafio enorme nas organizações. A pandemia nos ensinou o quanto o trabalho remoto funciona e pode ser efetivo. Mas também nos mostrou o quanto o contato pessoal é fundamental e deve ser mantido. O trabalho híbrido, sem dúvida, parece ser a melhor opção e deve gerar novas formas de controle de execução de tarefas e formas claras de interagir.

Ao mesmo tempo as estruturas organizacionais menos hierárquicas e mescladas com projetos autônomos dentro das organizações, se mostram mais modernas e capazes de expor talentos que não estariam sendo vistos numa estrutura tradicional. As lideranças e as empresas que souberem balancear entre esses dois pontos terão enorme sucesso na atração e retenção de talentos.

Durante minha trajetória como vice-presidente da Avery Dennison na América Latina, pude perceber o quanto cada profissional possui um potencial único e pode contribuir para o crescimento de uma empresa. Ao falarmos de pessoas, entramos em um dos pilares mais valorizados pelas organizações atualmente, do qual me orgulho em ter ajudado a construir: a DIVERSIDADE.

Vivenciei, na prática, o quanto grupos diversos trabalham melhor, o quanto suas discussões são muito mais profundas e mais enriquecidas. Uma percepção que me fez apoiar inúmeras iniciativas internas e que espero possa servir de inspiração para as próximas gerações de talentos. Equipes mais diversas tomam melhores decisões, portanto a diversidade é boa para a empresa e para a sociedade, ajudando na inserção de todos . Felizmente esse é um caminho sem volta.

Pensando na sucessão

Foi pensando nessas pessoas que iniciei meu processo de transição, como parte da responsabilidade corporativa. Tive a felicidade de identificar um sucessor que estava alinhado com todas as premissas de ética, inovação, sustentabilidade e excelência, entre tantas outras trabalhadas pela empresa.

Acredito que esta seja uma das grandes responsabilidades de todo executivo: identificar um sucessor comprometido em evoluir o trabalho que começamos.

Trabalhei nisso nos últimos cinco ou seis anos, observando as pessoas, definindo os potenciais candidatos, fazendo mentoria para que a transição fosse empática e natural. E cá entre nós, o melhor dos mundos é ser sucedido por alguém que todos já conhecem e confiam. Esta foi a grande sorte que tivemos.

Com isto, termino minha jornada na Avery Dennison, tendo a certeza de que o novo profissional que agora assume terá a grande oportunidade de estar à frente de uma empresa pioneira global e focada num crescimento sustentável e na conexão de marcas e consumidores. E a escolha não poderia ter sido mais feliz, já que teremos o olhar feminino da Isabela Galli, uma profissional que começou conosco ainda como estagiária, e que nos inspira com sua dedicação e força. Tenho certeza de que ela irá construir uma nova etapa de crescimento para todos os stakeholders.

Sabemos que nos próximos anos teremos novos desafios por conta de um cenário conturbado pelas questões políticas e econômicas. Mas, na verdade, quando foi fácil? Os desafios fazem parte do nosso cotidiano desde a nossa chegada a este mundo. Cada adversidade deve ser encarada com a devida gravidade e urgência, mas também como um processo natural em que caberá aos gestores promover as melhores decisões, fruto de ricas discussões e engajamento dos talentos da organização. Ao final, a aprendizagem sobre as adversidades será fundamental para sairmos ainda mais fortalecidos.

*Ronaldo Mello é vice-presidente e gerente geral da Avery Dennison, Label and Graphic Materials, América Latina

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