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Publicado em 23 de junho de 2025 às 07h00.
A licença-paternidade no Brasil, fixada em 5 dias corridos para trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 20 dias para servidores públicos federais, pode sofrer alterações este ano. O tema ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer, em 2024, a omissão do Congresso Nacional em regulamentar a ampliação da licença-paternidade. O STF estabeleceu um prazo até outubro de 2025 para que o Legislativo aprove uma nova regulamentação.
No entanto, diversas organizações já oferecem períodos ainda maiores aos pais. Entre elas:
A Rhodia, indústria química e têxtil centenária, pertencente ao grupo belga Solvay, oferece licença parental estendida de 16 semanas para os pais empregados na companhia, incluindo licença maternidade, paternidade e adoção, independentemente do gênero ou orientação sexual do empregado. Essa política é aplicada globalmente pela Solvay desde janeiro de 2021.
O GEQ (Grupo Edson Queiroz), holding multissetorial das marcas Nacional Gás, Minalba Brasil, Esmaltec e Sistema Verdes Mares, faz parte do Programa Empresa Cidadã, uma iniciativa do governo federal que amplia o período de licenças parentais para funcionários de companhias cadastradas no projeto.
Com este benefício, os colaboradores recebem licença-maternidade e licença-paternidade estendidas: as mães podem ficar mais 60 dias de licença com seu bebê, totalizando 180 dias; enquanto os pais, ganham mais 15, totalizando 20 dias de licença.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, responsável por viabilizar a compra e venda de energia no país e contribuir para o bom funcionamento do setor elétrico em benefício de toda a sociedade, tem investido em políticas internas voltadas ao apoio à parentalidade e à valorização da diversidade.
Entre as práticas adotadas, destaca-se a licença parental ampliada — 180 dias para a mãe ou primeiro cuidador, e 20 dias para o pai ou segundo cuidador —, incluindo adotantes, casais LGBTQIAPN+ e outros vínculos que envolvem responsabilidade afetiva e emocional. A organização também oferece modelo de trabalho 100% remoto para o primeiro e o segundo cuidador de bebês de até um ano, bem como para responsáveis por crianças com deficiência, independentemente da idade, promovendo mais flexibilidade em momentos essenciais da vida familiar.
A Gerdau possui uma política estruturada de apoio à parentalidade, que inclui licenças maternidade e paternidade estendidas. Em 2023, a companhia lançou o treinamento “Como acolher a Pauta da Parentalidade”, voltado aos Business Partners, para preparar o time de Pessoas no apoio às lideranças e às famílias em momentos importantes da jornada parental. Além da cartilha sobre parentalidade, a Gerdau criou a Liga das Famílias, que acompanha a chegada do bebê desde a gestação ou adoção até a primeira infância, para casais hetero e homoafetivos. Como empresa B2P (Business to People), a companhia coloca as pessoas no centro de tudo o que faz. A política da Gerdau dá direito a 20 dias.
O will bank, banco digital com mais de 9 milhões de clientes em todo o Brasil, disponibiliza a licença parental estendida, com 180 dias, para todas as pessoas colaboradoras.
Diferente da licença-paternidade e maternidade, estipuladas legalmente — em que são 120 dias corridos para mães biológicas e adotivas, e cinco dias corridos para pais —, a licença parental adotada pelo banco digital é um benefício que atende a todas as configurações familiares. Tanto pais quanto mães colaboradoras da empresa que tenham filhos biológicos, adotivos e/ou por reprodução assistida têm direito a 180 dias de licença, que podem ser utilizados de uma só vez ou fracionados em mais períodos.
A escola de negócios oferece licença-paternidade de 40 dias, benefício estendido também a casais homoafetivos e a pais de filhos adotivos. Além da extensão da licença-paternidade, a licença-maternidade também foi ampliada para 180 dias.
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