(PhonlamaiPhoto/Getty Images)
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Publicado em 18 de março de 2025 às 13h00.
71% dos estudantes universitários e aspirantes ao ensino superior já utilizam inteligência artificial nas suas atividades acadêmicas, diz estudo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), em parceria com a Educa Insights.
Com estudantes cada dia mais interessados por essa tecnologia, é imprescindível que instituições de ensino passem a incorporá-la. Caso contrário, há risco dos efeitos negativos do uso de IA se sobreporem aos efeitos positivos.
“As ‘próteses mentais’ fornecidas por mecanismos de busca de respostas rápidas e prontas têm consequências profundas na formação crítica e resolutiva dos estudantes. Saber como resolver problemas entendendo o meio do caminho para chegar lá é importantíssimo”, diz Christine Lourenço, diretora pedagógica do Grupo Salta.
O grupo acaba de implementar o “Khanmigo”, inteligência artificial da Khan Academy, organização sem fins lucrativos. A escolha do modelo é fundamentada na capacidade dele de conduzir o raciocínio do estudante durante a resolução do problema.
Diferente de outras ferramentas de IA, como o ChatGPT, o Khanmigo não fornece respostas diretas, mas guia os estudantes na construção do raciocínio, promovendo uma aprendizagem ativa e significativa.
A ferramenta atua como um tutor, auxiliando os alunos no aprofundamento do conhecimento, na identificação de lacunas pedagógicas e no desenvolvimento do pensamento crítico.
Entre as vantagens da utilização da ferramenta, o Grupo Salta destaca as seguintes funções:
“Depois de muita pesquisa, escolhemos o Khanmigo porque acreditamos que pode ser um aliado poderoso no processo de aprendizagem, trazendo diversos ganhos pedagógicos tanto para os nossos educadores, quanto para os nossos alunos”, explica Lourenço.
"A inteligência artificial não vem para substituir o professor, mas para ampliar as possibilidades de personalização do ensino”, diz Christine Lourenço.
Uma pesquisa do Instituto Semesp apontou que 74,8% dos docentes entrevistados concordam parcial ou totalmente com o uso da tecnologia e inteligência artificial no ensino.
O Elite Rede de Ensino, escola do Salta presente em São Paulo e em mais 7 estados e no DF, foi um dos colégios escolhidos para pilotar a ferramenta.
Ao total, o projeto piloto atenderá 6500 estudantes espalhados em diversas escolas do grupo, como o Elite e o Motivo (PE). A expectativa é que a solução seja expandida para toda a rede nos próximos anos.
“Para nós do Elite, a oportunidade de usufruir da parceria com a Khan Academy é animadora. Esperamos traçar novos caminhos para estimular a cultura de estudos dos nossos estudantes, bem como a recomposição de conceitos e habilidades fundantes que podem ter se perdido ao longo dos anos letivos”, comentou Luiza Machado, coordenadora de Inovações Pedagógicas do Elite.
Com a implementação da IA, o Grupo Salta visa melhorar indicadores educacionais, atrair professores qualificados e interessados em inovação pedagógica e abrir portas para projetos internacionais, aumentando o prestígio da marca no mercado educacional.
“Entendemos que o uso da inteligência artificial para personalização da aprendizagem dos alunos é um ganho que a sociedade teve nos últimos anos e que pode ser ainda mais potencializado”, conclui Lourenço.
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