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Juçaí expande negócio com investimento de R$ 20 mi em nova fábrica no Rio

Produto feito de maneira sustentável por meio da polpa do fruto da palmeira juçara conserva um dos principais biomas brasileiros

Empresa pretende se tornar referência em sustentabilidade em negócios no Brasil até 2025 (Paulo Amorim/Getty Images)

Empresa pretende se tornar referência em sustentabilidade em negócios no Brasil até 2025 (Paulo Amorim/Getty Images)

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Publicado em 2 de setembro de 2022 às 19h30.

Por Bússola 

A Juçaí, empresa que fabrica produtos baseados no açaí da juçara, vai aumentar sua aposta na popularização do fruto da palmeira-juçara, árvore típica da Mata Atlântica, que tem cor e sabor semelhantes aos do açaí amazônico. A companhia investirá R$ 20 milhões na construção da nova fábrica em Penedo, interior do Rio de Janeiro, garantindo atuação ainda mais forte no mercado nacional e internacional. Atualmente distribuída nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a marca exporta para países como Chile e Canadá.

Até 2025, a empresa pretende se tornar referência em sustentabilidade em negócios no Brasil. Roberto Haag, CEO da Juçaí, que está a frente da marca desde abril deste ano, aposta na ideia de que é possível criar uma empresa com rentabilidade atraente por meio de produtos de alta qualidade que nascem e inspiram soluções socioambientais.  

“Nascemos com a missão de conservação da palmeira-juçara. Da plantação à venda, da colheita à produção, buscamos incorporar a sustentabilidade em tudo que fazemos. Abraçamos a causa de conservar a palmeira-juçara e dedicamos a ela toda a nossa energia. Hoje, o ciclo de conservação gera cerca de 900 empregos diretos e indiretos”, declara Haag.  

O Juçaí, açaí feito com 100% do fruto da palmeira-juçara, espécie nativa da Mata Atlântica, nasceu em 2015, com o propósito de conservação de um dos principais biomas brasileiros, através da proteção da palmeira-juçara, que tem uma função chave para o equilíbrio do ecossistema 

A marca usa a polpa do fruto da juçara como principal insumo para o seu processo produtivo e, para extraí-lo, não é preciso derrubar a árvore, mantendo-a de pé. A espécie está ameaçada de extinção devido à extração ilegal do seu palmito, cujo processo de retirada implica necessariamente na derrubada da árvore.  

A empresa lidera a criação de uma cadeia de valor que, ao gerar relevância econômica à árvore viva, com o beneficiamento do seu fruto, protege a biodiversidade das florestas e proporciona uma fonte de renda para as comunidades locais.  

No processo de fabricação do Juçaí, a colheita é feita direto da juçara silvestre, de um jeito totalmente sustentável: 33% dos frutos são deixados para garantir a alimentação da fauna 

Esta etapa inicial é realizada por um coletor, da própria comunidade local, que se organiza em cooperativas. Esses profissionais têm fortes raízes culturais com a palmeira e são muito importantes para o ecossistema. Eles não utilizam nenhum tipo de fertilizante sintético ou agrotóxico e contam somente com recursos naturais. Depois do despolpamento, as polpas são levadas para a fábrica instalada na região de Penedo (RJ), região de Mata Atlântica em que há grande incidência de palmeiras juçara. 

A parceria com a Juçaí abrange hoje 300 famílias de Rio Novo do Sul e de cidades próximas. O gestor Pedro Bortolloti, que antes colhia apenas alguns poucos quilos ao ano, passou a colher 250 toneladas. “Damos valor econômico à árvore viva e ao seu fruto, remuneramos de forma justa o coletor, respeitando o meio ambiente, as espécies e a comunidade local da Mata Atlântica”, diz Haag. 

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