Bússola

Um conteúdo Bússola

Josier Vilar: no Rio, o metrô pede passagem

Cariocas querem e precisam da estação da Gávea, analisa o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) 

Vista aérea do Rio de Janeiro (Getty Images/Getty Images)

Vista aérea do Rio de Janeiro (Getty Images/Getty Images)

Bússola
Bússola

Plataforma de conteúdo

Publicado em 19 de março de 2024 às 10h32.

Por Josier Vilar*

Somente a cidade do Rio de Janeiro possui mais de seis milhões de habitantes e, considerando a sua região metropolitana, atingimos cerca de 14 milhões de pessoas que, em sua maioria absoluta, se desloca diariamente usando transporte público, seja para o trabalho, escolas, faculdades, compras, negócios ou lazer. 

O transporte coletivo, portanto, é e tem de ser visto como um dos mais importantes agentes  de inclusão social, saúde física e mental de seus usuários, e indutor da prosperidade no ambiente empresarial em nossa cidade.

Garantir a mobilidade urbana com segurança, eficiência e acessibilidade tem de ser um compromisso do poder público com a sociedade que representa.

Não é aceitável que o Rio cosmopolita que tanto admiramos ocupe a quarta pior avaliação do mundo em tempo médio gasto no transporte coletivo, trazendo efeitos devastadores sobre a qualidade de vida da população, redução da produtividade no trabalho, do aprendizado nas escolas e na prosperidade empresarial, fonte de geração de empregos e felicidade.

O setor de serviços é fundamentalmente intensivo em pessoas e encerrou 2023 com crescimento de 2,3%, sendo o terceiro ano consecutivo de aumento da área no país.

Isto demonstra a vitalidade desse segmento e a urgente necessidade de adequarmos os modais de transporte público a essa crescente demanda de mobilidade e consumo da população do Rio de Janeiro.

Por essas razões, é inadmissível que a estação de Metrô da Gávea permaneça inacabada por mais de 9 anos, impedindo que o comércio, as pessoas e as instituições se integrem ao restante da cidade.

Não é aceitável que aquela estação com mais da metade das escavações feitas, materiais de acabamento comprados e armazenados em seus túneis permaneça inconclusa.

A sociedade carioca clama por uma solução imediata para a finalização da estação do metrô e que ele possa dar passagem à integração com o restante da rede metroviária e com os demais modais de transporte, facilitando a vida dos cidadãos que ali moram, estudam e trabalham, transformando a Gávea num local atrativo para se investir, empreender,  visitar  e contribuir fortemente para o desenvolvimento econômico da região e da nossa cidade.

Seja através de investimento públicos ou de parcerias público-privadas que garantam a conclusão da obra e o início da operação daquele trecho de metrô, o Rio e seus cidadãos não podem mais esperar e não é aceitável que recursos oriundos dos impostos dos cidadãos sejam desperdiçados.

A Associação Comercial do Rio de Janeiro, legítima representante do genuíno empresariado carioca e fluminense, entende que nenhum outro projeto de mobilidade urbana deveria ser iniciado antes de se concluir o que já foi começado e interrompido. 

Se questões legais existem, estas precisam ser esclarecidas na Justiça, e com a análise de informações de todos os envolvidos, mais o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público, com foco na entrega do bem público — sem perder mais de vista o interesse dos cidadãos com a maior mobilidade urbana e integração da cidade.

O Rio e os cariocas pedem passagem para a estação metrô da Gávea — que vai atender na ponta quem mora em lugares mais distantes — desembarcar no amanhã.

*Josier Vilar é presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)

Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube

 

Acompanhe tudo sobre:Rio de JaneiroMetrôsTransporte público

Mais de Bússola

Ex-Secretária de Desenvolvimento Econômico é indicada como liderança para a COP 30 em Belém

Empresas do setor logístico se preparam para Black Friday e apostam em automação

Startup aposta em créditos de carbono tokenizados e visa liderança no mercado brasileiro

O que precisa mudar na internet?