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Joe Biden e a vitória da diversidade

Tema ganhará ainda mais importância no mundo com o democrata no comando dos Estados Unidos

Kamala Harris e Joe Biden chegam para a posse nesta quarta-feira: cerimônia tem menos convidados e segurança reforçada (Mike Segar/Reuters)

Kamala Harris e Joe Biden chegam para a posse nesta quarta-feira: cerimônia tem menos convidados e segurança reforçada (Mike Segar/Reuters)

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André Martins

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 12h53.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 14h00.

Joe Biden assumiu ontem o comando dos Estados Unidos em evento que fez transbordar o conceito de diversidade. O motivo mais evidente é a posse da vice-presidente Kamala Harris, a primeira mulher a ocupar o posto e também a primeira pessoa negra e a primeira de origem asiática.

Mas há muitos outros. Alguns bem sutis. Até o terno usado pelo presidente, como constatou o portal “Nossa”, tinha lá o seu significado relacionado ao tema: Biden optou por um modelo da marca Ralph Lauren, que há 30 anos passou a tratar a diversidade e a inclusão como prioridades.

O gabinete montado pelo eleito já havia dado sinais de que esta direção seria inexorável, com 50% de pessoas não brancas, percentual superior aos 48% do gabinete de Barack Obama. E as primeiras medidas já como chefe da nação confirmarão tudo isso.

Biden pretende cancelar decisões do antecessor, cujo objetivo era justamente acabar com a diversidade. A construção do muro na fronteira do México irá para o beleléu. O mesmo acontecerá com proibição de viagens a cidadãos de países com maioria mulçumana no Oriente Médio, na Ásia e na África. Também será revertida medida de Donald Trump que limitava o uso de recursos federais para treinamentos de diversidade e inclusão.

O novo presidente ordenará ainda uma revisão da igualdade racial da administração como um todo e emitirá ordem executiva para obrigar o governo federal a não discriminar ninguém com base na identidade de gênero.

Este ambiente criado por Biden certamente influenciará positivamente não apenas os Estados Unidos, mas governos e empresas no resto do mundo.

Não há melhor momento para isso. A diversidade ganhou enorme premência desde que a pandemia catapultou o ESG para um patamar inimaginável até o ano retrasado.

Relatório divulgado ontem pela área de Dados & Insights da Loures Consultoria mostra que #BlackLivesMatter foi a segunda hashtag mais utilizada em 2020, e as pesquisas sobre o tema na internet foram cinco vezes maior do que no ano anterior.

Não há dúvida de que este assunto será um dos principais de 2021 e dos próximos anos. Assim como o meio ambiente. Mas isso é tema para uma outra coluna.

*Sócio-diretor da Loures Comunicação

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