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João Alberto Abreu: A essência da ferrovia sempre foi ESG

Ferrovia são pioneiras ao utilizar indice de sustentabilidade empresarial da B3, que reconhece companhias que possuem comprometimento com o meio ambiente

Modernidade é forte aliada da sustentabilidade e da preservação (Rumo/Reprodução)

Modernidade é forte aliada da sustentabilidade e da preservação (Rumo/Reprodução)

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Publicado em 13 de junho de 2022 às 19h00.

Por João Alberto Abreu*  

A agenda ESG já consolidou seu espaço no setor empresarial. E a ferrovia contribui para um transporte mais sustentável no País, pois tem seu caráter de poluir menos, transportar mais carga e continuar com a vocação de ser um indutor de desenvolvimento por onde seus trilhos passam. Por isso, nossos colaboradores em cargos de liderança têm metas de ESG a cumprir. E não é só discurso: há bônus atrelados a boas performances e conquistas de metas. E as diretrizes da nossa empresa estão disponíveis para consulta no Relatório de Sustentabilidade, lançado no último dia 31.  

O documento destaca diversas iniciativas da empresa, que elucidam como a sustentabilidade já está incorporada na estratégia do negócio e em nossos processos decisórios. Um exemplo é o lançamento do Instituto Rumo. Com o objetivo de combater a evasão escolar, a primeira turma se formou no último ano em Rondonópolis (MT). Foram 68 estudantes do 9º Ano do ensino fundamental, que receberam conteúdos educacionais para inspirar suas futuras escolhas profissionais. Neste ano, em agosto, o Instituto chegará para 120 jovens de Cubatão (SP). 

O relatório da Companhia também registra um fato pioneiro: fomos a primeira empresa do setor ferroviário a integrar o ISE B3, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, uma das principais referências de sustentabilidade do mercado nacional de capitais. O índice reconhece as companhias que têm comprometimento com a sustentabilidade empresarial e é um fator decisivo para a tomada de decisão de investidores que buscam oportunidades em negócios perenes. Esse reconhecimento é fruto de um trabalho árduo feito por nossos colaboradores que são apaixonados por ferrovia.  

Além de pioneirismo, também fizemos história — e já começamos com planejamentos sustentáveis desde o princípio. Em setembro de 2021, firmamos em Mato Grosso a construção da primeira ferrovia privada viabilizada por meio de autorização estadual. Em Goiás, iniciamos as atividades da Malha Central na Ferrovia Norte-Sul, ligando mais uma região a Santos (SP), onde está o principal porto da América do Sul. E o que liga esses dois feitos? Ambos têm uma diretriz clara na sustentabilidade para suas execuções.  

Em Mato Grosso, entregaremos uma das ferrovias mais modernas já construídas no país. É um projeto green field com mais de 2.500 estudos de traçado para conceber uma obra que será o estado da arte na área de engenharia de infraestrutura. E, nesse contexto de sustentabilidade, vale destacar aqui que a ferrovia, além de ter 7,2 vezes menos emissões de CO₂, consegue ser até 87% mais eficiente em relação a outros modais.    

Em Goiás, retomamos um modal prometido na década de 80 e que se mostra necessário para movimentar insumos em novas fronteiras agrícolas na região Centro-Oeste. Nessa região também fizemos a adesão ao Programa Águas Brasileiras do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (SEMAD/GO), para realizar a restauração de 400 hectares de florestas em sinergia com os nossos plantios compensatórios em áreas prioritárias para a segurança hídrica do estado O nosso país ainda tem muito potencial de crescimento com seu agronegócio e indústria em novas geografias. E nós seguiremos movimentando essa expansão.  

Outra narrativa emblemática que trazemos em nosso relatório é o case da nossa área operacional com o trem de 120 vagões, que transportam o equivalente a carga de 480 caminhões. De Mato Grosso para Santos, as composições gigantes foram planejadas para aumentar a capacidade de transporte em 50%. Somente em 2021, a Rumo contabilizou 1.585 viagens utilizando o modelo com 120 vagões, que representariam proporcionalmente 2.377 viagens dos trens com 80 vagões — modelo anterior. Reduzimos 792 viagens a partir da nova operação e isso nos permitiu evitar a emissão de 115 mil toneladas de CO2. E já estamos caminhando para o trem de 135 vagões. 

Nosso relatório ilustra que as ações feitas na ferrovia têm impactos tremendos no presente e no futuro da nossa empresa e de toda a sociedade. Seja dentro ou fora dos trilhos, seguiremos movimentando o Brasil com muita sustentabilidade. 

João Alberto Abreu é presidente da Rumo 

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