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Inteligência artificial versus Leonardo Da Vinci

Empresa italiana anuncia converter selfies em autorretratos que seguem o estilo do artista; máquinas vão superar a criação humana?

Mathema foi treinada com obras de Da Vinci, e cerca de 420 milhões de parâmetros. (Bússola/Reprodução)

Mathema foi treinada com obras de Da Vinci, e cerca de 420 milhões de parâmetros. (Bússola/Reprodução)

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Publicado em 5 de fevereiro de 2022 às 13h50.

Por Danilo Vicente*

Muitas vezes já vi tentativas de mostrar como hoje seria La Gioconda, ou Mona Lisa, a mulher imortalizada na mais célebre pintura de Leonardo Da Vinci. Mas, nesta semana, a empresa de tecnologia Mathema, de Florença, na Itália, cidade onde o pintor morou e trabalhou boa parte de sua vida, anunciou um projeto que busca o inverso: converter selfies em autorretratos que simulam o trabalho de Leonardo da Vinci.

A promessa do chamado “DaVinciFace” é entregar uma versão inspirada na arte do mestre em apenas dois minutos. Segundo o porta-voz Massimiliano Bellini, a tecnologia pretende “reviver o esplendor do Renascimento italiano”.

Tudo certo. O resultado cada um pode julgar. Parece-me uma tecnologia de “amarelar” a foto, ainda longe do que Da Vinci trouxe com sua técnica Sfumato, que consegue reproduzir a pele humana com fidelidade.

O que me chamou atenção é a tentativa de uma máquina tentar igualar a expertise humana em algo tão abstrato. Não são mais jogos em tabuleiros de xadrez de  humanos contra robôs – o que já é uma façanha. São as grandes obras de arte da humanidade.

A inteligência artificial da Mathema foi treinada com obras de Da Vinci, como La Belle Ferronnière e, claro, Mona Lisa, além de cerca de “420 milhões de parâmetros”, de acordo com a empresa, para então aplicar o estilo do pintor em fotos.

O sistema para adquirir a “versão de Da Vinci” na selfie caiu nesta semana, devido ao sucesso da iniciativa, diz a companhia.

A Mathema ressalta que, embora a tecnologia de inteligência artificial facilite o processo, não é simples transformar selfies em “obras do artista”. Aí concordo. Ainda não chegamos à máquina criando como Da Vinci porque realmente não é simples. Nem mesmo a maioria dos humanos conseguiria. Mas este dia chegará, acredito.

*Danilo Vicente é sócio da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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