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Indústria nacional se mostra contra zerar importação de veículos elétricos

Ação movida por prefeituras e organizações internacionais está sob análise do Ministério da Fazenda

Proposta está em consulta pública no Ministério da Fazenda (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Proposta está em consulta pública no Ministério da Fazenda (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

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Publicado em 7 de abril de 2022 às 13h00.

Preocupados em cumprir metas para aumentar a frota limpa de ônibus, prefeitos e organizações internacionais enviaram carta ao Ministério da Fazenda pedindo isenção de impostos na importação de veículos elétricos. A medida, no entanto, afeta diretamente a indústria nacional e pode atingir diretamente os municípios, que podem ver fábricas fechando e demissões em suas cidades em pleno ano eleitoral. Somente no estado de São Paulo, existem quatro grandes indústrias, entre fabricantes de chassis e carroceria de ônibus, que são impactadas diretamente com a proposta de redução de alíquota de 35% para zero na importação de ônibus elétricos.

Organizações internacionais como ICCT Brasil, C40 e WRI Brasil e fabricantes estrangeiros alegam que o Brasil precisa aumentar suas frotas de ônibus elétricos e, por isso, pedem ao governo federal que seja zerado o imposto na importação de ônibus elétricos. A proposta está em consulta pública no Ministério da Fazenda. Fabricantes nacionais já se mobilizam para evitar que isso aconteça.

“Temos indústrias já instaladas no Brasil, com capacidade de atender as necessidades das cidades pelos próximos três anos. Além da previsão de investimentos para ampliar as unidades de fabricação”, afirma Marcello Von Schneider, diretor institucional e head da divisão de ônibus da BYD (Build Your Dreams) Brasil, fabricante de ônibus elétricos.

Para Marcello, a iniciativa pode levar milhares de funcionários a perderem o emprego. Além disso, segundo ele, a proposta atinge a indústria nacional e os investimentos já feitos e os previstos.

“O Brasil pode perder sua capacidade de se industrializar e de gerar empregos. Precisamos de medidas que sejam a favor da produção nacional e do desenvolvimento da economia das cidades brasileiras”, declara Marcello.

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