Golpes com inteligência artificial causam preocupação e cautela no consumidor (Manuel Breva Colmeiro/Getty Images)
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Publicado em 7 de outubro de 2025 às 13h00.
O varejo digital continua sendo o setor que mais sai ganhando com a Black Friday. Mas este ano, que projeta movimentação de até R$ 13,6 bilhões, pode ser que nem todos os segmentos tenham a mesma chance de lucrar.
Segundo pesquisa do Reclame AQUI, o medo das fraudes com inteligência artificial deixou os consumidores mais cautelosos, ao ponto que:
Os segmentos do varejo digital com melhor potencial para lucrar na data são:
“A Black Friday tem se tornado um campo de batalha entre a busca por ofertas e os golpes cada vez mais tecnológicos, utilizando IA para criar fraudes altamente convincentes. O que vemos é um consumidor mais pragmático, que vai à Black Friday para comprar o que precisa, com a condição certa”, diz Edu Neves, CEO e cofundador do Reclame AQUI.
A pesquisa também revelou que 63% dos consumidores não sabem identificar golpes feitos com IA. 20% já foram vítimas de golpes na Black Friday. Juntando os dois dados, fica fácil de entender porque a cautela no ambiente digital.
Antes, o consumidor precisava verificar URLs falsas e identificar sites clonados. Agora ele também tem de se preocupar com golpes digitais que utilizam deep fakes, vozes clonadas, vídeos de promoções falsas e todo tipo de ferramenta que criminosos podem criar empregando inteligência artificial.
“O golpe não está só na largada, na oferta imperdível. Pode ser depois de você estar com a sua opinião formada, já ter escolhido a loja, ele apareça lá na etapa final, na hora do pagamento”, Neves fala e recomenda o Detector de Site Confiável do Reclame AQUI.
A pesquisa indica que 98% dos consumidores já praticam a verificação de confiabilidade de lojas, sites, perfis de rede social, links, ofertas e preços. Para esta edição da Black Friday, reputação e segurança se tornaram novos decisores de compra.
Por consequência, esses fatores também se tornam principal ponto para investimento das empresas. O decisor principal ainda é o preço, mas em ordem de prioridade, os fatores adicionais são:
“A jornada de compra hoje é uma conversa, e o consumidor só faz negócio com quem participa desse diálogo. Ele entende que a força de uma comunidade de consumidores é a maior proteção contra riscos e fraudes”, conclui o CEO do Reclame AQUI.