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Hoje o conhecimento não se encerra mais em um único diploma

Ensino à distância aumentou as possibilidades de aprendizagem e ampliou as perspectivas quando o assunto é trabalhabilidade

Educação não deve promover só o desempenho acadêmico, mas também oportunidades para o mercado (Carol Yepes/Getty Images)

Educação não deve promover só o desempenho acadêmico, mas também oportunidades para o mercado (Carol Yepes/Getty Images)

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Publicado em 21 de outubro de 2021 às 18h10.

Por Adriano Azevedo*

O novo modelo educacional pressupõe uma forma diferente de ensinar e aprender. Hoje, o mundo digital é um grande aliado no processo de aprendizagem. A internet, os dispositivos móveis, as estratégias de gamificação e as plataformas de ensino garantem acesso amplo aos que desejam aprimorar a sua qualificação profissional como uma grande perspectiva para a trabalhabilidade.

É o momento da educação ubíqua, educação em todo o lugar, em toda parte, a qualquer hora. Nesse universo, a educação, associada aos meios tecnológicos, é processada e transformada em conhecimento especializado, permitindo multipossibilidades de aplicação e utilização simultânea nos espaços on-line e off-line para a aprendizagem. E é esse modelo que prepara os alunos não só academicamente, mas para as múltiplas oportunidades do mercado e ainda para o empreendedorismo, ampliando as perspectivas quando o assunto é trabalhabilidade.

Para que esse processo de aprendizagem se dê de forma contínua, três aspectos são fundamentais.

Vamos a eles:

1.Aproveite a tecnologia para estudar mais e mais

A educação está cada vez mais digital. Essa tendência já existia antes do contexto pandêmico da covid-19, mas, com a necessidade de distanciamento social, os preconceitos e as pré-noções do ensino tradicional foram derrubados e, em seu caos, foram erguidas colunas de ensino digitais mais resistentes. Elas representam inovação, facilidade de acesso a conteúdos mais amplos, diversificados, multifacetados, em qualquer hora, em qualquer lugar. Esse modelo de ensino pode ser considerado muito mais inclusivo na medida em que permite ao aluno que trabalha acesso no tempo que lhe cabe. Todos perceberam que é possível trabalhar e estudar com eficiência, mesmo a distância. Como todo o conteúdo didático está disponível on-line, o aluno pode estudar como quiser, de onde quiser, quanto quiser, o dia e horário que quiser, na proporção de sua necessidade pessoal. As plataformas de ensino contam com centenas de conteúdos multimídia, exercícios interativos, dicas de leituras, filmes, vídeos, chats.

2.Faça sua própria trilha de aprendizado com educação complementar

Muito além da matriz curricular de um curso, é possível montar sua própria trilha de aprendizado, adequando e adaptando conteúdo. Hoje, a tecnologia facilitou o acesso a cursos livres, de curta ou média duração, e à inclusão de disciplinas extras, optativas e eletivas em cursos de graduação e pós-graduação, como forma de enriquecer a trilha do aprendizado. O aluno não precisa ficar mais engessado a um roteiro ou a uma localidade, uma vez que a oferta de ensino é ubíqua, e o ensino inovador está presente em todos os lugares. Não há dúvida de que através do ensino digital é possível complementar conhecimentos com múltiplos saberes de docentes e especialistas em nível nacional e internacional. Lembre-se: o processo de aprendizado é contínuo na vida de todo e qualquer cidadão. É para a vida toda. Logo, a trilha traçada deve ter início, mas nunca um fim. O conhecimento não se encerra com um diploma.

3.Desenvolva seu senso de empreendedorismo

O mercado de trabalho não se resume somente ao ato de buscar um emprego. Para expandir sua capacidade de trabalhabilidade, é recomendável aproveitar todas as oportunidades de interação e informações repassadas e trocadas por professores e por colegas para pensar melhor o futuro. Muitas vezes, são nos trabalhos realizados em grupo, nos estudos de casos e na pesquisa científica que surgem insights para novas chances de desenvolver métodos, serviços e produtos que façam a diferença na sociedade. O mercado de startups, cada vez mais aquecido, é um exemplo. Desafiar-se a propor soluções, propostas ainda não imaginadas, pode até não resultar em grandes negócios e empreendimentos, mas é parte do desenvolvimento das chamadas soft skills, as habilidades buscadas pelos headhunters: criatividade, proatividade, inovação e capacidade de trabalho em grupo. São características peculiares de pessoas com mentes empreendedoras, que olham além da realidade presente, com senso de inovação, e que contribuem para o desenvolvimento da sociedade.

*Adriano Azevedo é diretor executivo de Ensino do Grupo Ser Educacional

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