União das empresas vai potencializar a criação de conexões (Sean Gallup/Getty Images)
Bússola
Publicado em 16 de setembro de 2022 às 18h30.
Por Bússola
Com objetivo de combater a sonegação de impostos no Brasil por meio da tecnologia, a GovLegal se juntou à Dome Ventures. A GovLegal, pertencente ao grupo Destock – há mais de dez anos no mercado de tecnologia – possui soluções tecnológicas para transformar a perda de ICMS sonegado em arrecadação para os estados. O imposto é o segundo mais sonegado anualmente, na casa dos R$ 69 bilhões, segundo dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
A startup se relaciona com diversos públicos, tais como secretarias estaduais, contribuintes, entidades de classes e parceiros, escritórios de contabilidade e advocacia, além de clientes do setor privado. Perante a sociedade, a startup melhora a relação fiscal entre contribuinte e setor público, pois, com maior arrecadação, é possível retornar melhorias à sociedade.
Por outro lado, a Dome Ventures chega para contribuir, em primeiro lugar, com a expertise dos seus membros em desenvolver startups, além de sua experiência com negócios junto ao setor público, orientando e contribuindo com o crescimento da GovLegal e sua escalada nos estados e prefeituras brasileiras, além de oferecer conexão através da sua rede de contatos e relacionamentos relevantes dentro do setor público.
Segundo os idealizadores da parceria, a união das empresas vai potencializar a criação de conexões para abordagens eficazes nas secretarias da fazenda dos estados para que, assim, possam oferecer suas soluções para elas. Em adição, disponibilizam LUS (licença de uso do software) para as Sefaz (Secretarias da Fazenda) das Unidades da Federação. A boa notícia é que a startup já gera receita com seu software próprio e está em fase de tração no mercado, pronta para receber investidores que virão também por meio da Dome Ventures.
Tecnologia contra sonegação
Os métodos atuais de cruzamento do ICMS são complexos, dificultando, assim, a sua auditoria e trazendo, como resultado, números inconsistentes à realidade da arrecadação. Os processos que, hoje, acontecem por análise de arquivos, muitas vezes de forma manual, ainda incorrem em falhas humanas e em tempo elevado de execução, encarecendo o trabalho. Todo esse dinheiro evadido causa danos à sociedade, pois os valores são arrecadados para serem revertidos em benfeitorias para a população.
A tecnologia aliada ao conhecimento faz com que a ferramenta tecnológica da GovLegal atue como facilitadora dos trabalhos dos auditores fiscais e assegure a confiabilidade do processo, aumentando a velocidade a um custo mais baixo, e otimizando o uso dos recursos públicos.
A empresa se destaca ainda por seus diferenciais competitivos como o desenvolvimento tecnológico e propriedade intelectual. Com seu alto potencial de mercado, vislumbrou na Dome Ventures o conhecimento do ecossistema govtech e a proximidade com o poder público para viabilizar suas estratégias.
"Por meio da tecnologia e inovação, a GovLegal desenvolveu um sistema que permite aos fiscais da receita fazerem todo o seu trabalho em poucos 'cliques’. O sistema lê os arquivos fiscais do contribuinte e faz todos os cruzamentos necessários para a identificação de distorções no recolhimento de ICMS, além do cálculo da multa”, afirma Lucas Indio, CEO na GovLegal.
A GovLegal é uma empresa voltada a trazer resultados positivos nos processos da gestão pública no que tange a arrecadação de receita do estado, facilitando e otimizando o tempo de fiscalização para levar mais dinheiro aos cofres públicos. De forma direta e indireta, o combate à sonegação de imposto faz parte das práticas de ESG (governança ambiental, social e corporativa), visto que a empresa atua de forma a maximizar o impacto social, construindo um mundo mais justo e melhorando os processos administrativos.
“Com a GovLegal, esperamos construir negócios relevantes, que aumentem a arrecadação e combatam a sonegação para os estados e prefeituras brasileiras, por meio das nossas conexões. Dessa forma, também contribuiremos para com nosso propósito de transformar o futuro das instituições públicas”, declara Diogo Catão, CEO da Dome.
Uma pesquisa do CAF + BrazilLAB estima que até 2020 existiam 135 startups que se encaixam no modelo govtech no País. Destas empresas, apenas 80 são vistas como as mais importantes, por já estarem vendendo para o governo ou trabalhando com ele em outras formas de colaboração, de maneira contínua. Levando em conta o amadurecimento do marco legal das startups e a abertura do setor público para a TI, hoje a tendência é o crescimento destes números e a abertura do mercado para as soluções de novas startups nos próximos anos.
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