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Gestão Sustentável: 8 passos para transformar sua agenda de ESG em vantagem competitiva com IFRS S

Seguir o IFRS S2, por exemplo, já cobre exigências climáticas da TCFD e do CDP, aliviando a carga de disclosure. Entenda como a vantagem competitiva pode ser construída

Começar agora reduz riscos de não conformidade no futuro (Noko LTD/Getty Images)

Começar agora reduz riscos de não conformidade no futuro (Noko LTD/Getty Images)

Danilo Maeda
Danilo Maeda

Diretor-geral da Beon - Colunista Bússola

Publicado em 25 de julho de 2025 às 10h00.

A demanda por transparência em aspectos ESG atingiu novos patamares com a publicação das normas IFRS S1 e IFRS S2 pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Mais do que cumprir uma exigência regulatória, as áreas de sustentabilidade das empresas passam a falar a mesma língua que bancos, gestores de ativos e reguladores globais, conectando riscos socioambientais à geração de valor financeiro.

No Brasil, a sinalização da CVM para adoção obrigatória a partir de 2026 acelera esse movimento e coloca pressão nas companhias que pretendem acessar mercados de capitais ou defender sua licença social para operar. É justamente nesse cenário que o ebook produzido pela consultoria Beon — base deste artigo — se oferece como manual de sobrevivência: ele destrincha, em oito passos práticos e progressivos, como transformar a adequação ao IFRS S em vantagem competitiva. Aqui vai um breve resumo do conteúdo:

1. Compreensão: dominando o novo vocabulário

Comece estudando a fundo os documentos do ISSB. O IFRS S1 trata dos requisitos gerais de divulgação de informações de sustentabilidade; o IFRS S2 aprofunda riscos e oportunidades climáticas. Entender o escopo, a lógica de materialidade financeira e o nível de detalhamento pedido evita retrabalho e garante foco.

2. Diagnóstico: onde você está

Mapeie tudo o que já coleta em ESG e confronte com as normas. Identifique lacunas em dados, processos e governança; elas serão o roteiro para o plano de ação.

3. Revisão de processos e ferramentas

Atualize indicadores, integre sistemas e assegure rastreabilidade — inclusive para as métricas que precisarão ser auditadas. Ferramentas tecnológicas robustas reduzem erros e aceleram o reporte.

4. Governança: quem faz o quê

Crie ou fortaleça um comitê de sustentabilidade multidisciplinar (sustentabilidade, finanças, jurídico, compliance). Responsabilidades claras evitam silos e elevam o tema ao nível estratégico.

5. Capacitação: gente preparada entrega resultado

Treine as equipes-chave sobre os novos requisitos. Envolva lideranças e investidores desde o início para garantir patrocínio e coerência na comunicação.

6. Alinhamento do relatório

Aplique a lógica de materialidade do IFRS S1 para priorizar temas relevantes aos stakeholders e detalhe, conforme o IFRS S2, os riscos climáticos e as estratégias de resposta. Linguagem acessível e transparente reforça credibilidade.

7. Evolução contínua

Implemente revisões periódicas com base em auditorias externas, feedback de analistas e lições internas. Relatório bom é processo vivo.

8. Saia na frente

Começar agora reduz riscos de não conformidade no futuro e posiciona sua organização como referência. Conte com parceiros especializados — consultorias como a nossa podem encurtar a curva de aprendizado e agregar visão estratégica.

IFRS S na prática: sinergias que simplificam

A estrutura das normas foi inspirada na TCFD e dialoga com SASB, GRI e CDP, permitindo interoperabilidade e reduzindo duplicidade de relatórios. Seguir o IFRS S2, por exemplo, já cobre exigências climáticas da TCFD e do CDP, aliviando a carga de disclosure.

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