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Gerdau Graphene e IPT criarão centro de pesquisa de grafeno

Novo centro tecnológico passa a operar neste mês com foco em tornar realidade as aplicações do nanomaterial em processos industriais

Companhia tem planos para um segundo centro focado em aplicação nas três principais classes de polímeros. (Paulo Fridman/Bloomberg)

Companhia tem planos para um segundo centro focado em aplicação nas três principais classes de polímeros. (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Publicado em 8 de outubro de 2021 às 08h00.

A Gerdau Graphene e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) acabam de obter primeiro lugar na Chamada Pública para Estruturação de Centros de Tecnologia e Inovação Aplicadas em Materiais Avançados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e da Finep — Financiadora de Estudos e Projetos. O projeto prevê a criação de um centro de pesquisa de grafeno que começa a operar já em outubro.

O novo centro tecnológico, localizado dentro do campus do IPT em São Paulo, tem o objetivo de tornar realidade as aplicações de grafeno em processos industriais, aprimorando as pesquisas existentes e transformando em soluções viáveis. Com investimentos e gestão da Gerdau Graphene, do IPT e da Finep, o plano de negócios a curto prazo prevê, a cada seis meses, a entrega de um novo produto em concreto, óleos e graxas ou polímeros pronto para estar no mercado.

“Queremos ser referência em produtos de grafeno em escala no Brasil e no mundo, e a criação do centro de pesquisas em parceria com o IPT é mais um passo na consolidação desse objetivo. A iniciativa incorpora o conceito from lab to life, e gerará tecnologia que beneficiará toda a indústria brasileira, contribuindo para o desenvolvimento nacional. As entregas em curto prazo contribuirão para que o centro se torne autossustentável, criando uma cadeia de valor com o grafeno. O investimento está focado principalmente em pessoas — são 42 pesquisadores envolvidos no projeto — fomentando o conhecimento no Brasil”, afirma Alexandre de Toledo Corrêa, diretor-geral da Gerdau Graphene.

“Quando começamos a pensar em um centro tecnológico focado em materiais avançados, foi um passo natural construir mais essa ponte com a empresa para trabalharmos em conjunto, unindo a expertise da Gerdau em aplicações ao nosso conhecimento em materiais para construções, tribologia e compósitos em um ecossistema de inovação aberta em que ganham todos. O edital da Finep foi a oportunidade ideal para a materialização desse centro, onde traduziremos o grafeno, um material incrível, em alto desempenho para toda a indústria nacional”, afirma Sandra Moraes, diretora técnica do Centro de Materiais Avançados do IPT e coordenadora do Centro de Materiais Avançados em Grafeno e Novas Aplicações Tecnológicas junto à Finep.

A iniciativa faz parte da criação de dois centros nacionais de pesquisa em aplicação de grafeno sendo abertos pela Gerdau Graphene em colaboração com ICTs (Institutos de Ciência e Tecnologia) nacionais.

O primeiro, formado nesta parceria com o IPT, visa o desenvolvimento de produtos como aditivos químicos que aumentem a resistência e durabilidade do concreto, boosters para lubrificantes visando aumento da eficiência energética de veículos e motores industriais e polímeros para uso em embalagens termoplásticas que melhorem o desempenho de barreira a gases e líquidos. A reciclabilidade e funcionalidades do grafeno como antimicrobiana, antiviral e antioxidante também estão na pauta.

A Gerdau Graphene ainda fará investimentos próprios no campus do IPT, abrindo laboratórios proprietários de aplicação, qualidade e desenvolvimento.

“Esta iniciativa enquadra a empresa no IPT Open Experience, ambiente promotor de inovação criado pelo IPT que abriga em seu campus companhias interessadas em desenvolvimento tecnológico de alta densidade de conhecimento científico, a chamada HardScience”, declara o diretor executivo do programa, Alessandro Rizzato.

A parceria pretende fomentar ainda um espaço para a troca de experiências e aceleração de startups nacionais focadas na geração de soluções com o grafeno no Hub de Inovação Aberta do IPT Open Experience.

A companhia tem planos da abertura de um segundo centro, junto a outra ICT, com o objetivo o de desenvolver masterbatches (aditivos sólidos usados na indústria de plástico para conferir melhores propriedade ou coloração) para aplicação nas três principais classes de polímeros: termoplásticos, termorrígidos e elastômeros.

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