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Fundação Bunge reúne acervo da evolução industrial e da construção civil

No acervo, é possível observar a evolução pela qual passaram as construções no Brasil

Preservação do material é de extrema importância para estudos dos avanços na construção civil e também em todo processo tecnológico (Stock.xchng/Divulgação)

Preservação do material é de extrema importância para estudos dos avanços na construção civil e também em todo processo tecnológico (Stock.xchng/Divulgação)

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Publicado em 26 de dezembro de 2021 às 10h21.

Última atualização em 26 de dezembro de 2021 às 10h25.

É possível observar a evolução pela qual passaram as construções no Brasil no acervo do Centro de Memória Bunge, gerido pela Fundação Bunge, juntamente com o processo de industrialização. Como prova disso, a fama de “São Paulo, a cidade que não dorme”, inclusive, está vinculada à produção industrial, pois suas máquinas não paravam de funcionar.

Por meio do material, é possível observar que o processo de industrialização em São Paulo começou pela Barra Funda. Até o final do século 18, a zona oeste da capital era formada por chácaras, mas por ser uma região estratégica, no entroncamento ferroviário das estações da Estrada de Ferro Sorocabana, que ligava a capital ao interior, e São Paulo Railway, primeira ferrovia do Estado de São Paulo, a Barra Funda passou a despertar interesse de muitas empresas.

O Moinho Santista, que produzia cereais, e a Sanbra, que fabricava óleo de algodão, estavam no grupo das primeiras indústrias que se instalaram na região. A industrialização absorveu trabalhadores imigrantes e nacionais e, até meados do século 20, a Barra Funda era conhecida pelas vilas industriais. Atualmente o perfil da região é outro e ela tornou-se mais residencial.

“O Centro de Memória Bunge possui fotos (inclusive aéreas) e registros das primeiras fábricas instaladas ali, bem como imagens da Fábrica de tecidos Cambuci, do Moinho Santista, dos Armazéns do Moinho Fluminense, enfim, construções que marcam a história da arquitetura, que está diretamente ligada à história da industrialização. A preservação desse material é de extrema importância para que possamos estudar os avanços na construção civil e também em todo processo tecnológico, ligado à industrialização”, diz Claudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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