Segurança digital: a força de trabalho anywhere office traz um nível enorme de risco (Busakorn Pongparnit/Getty Images)
Bússola
Publicado em 9 de março de 2022 às 20h00.
A Trend Micro, companhia de soluções de cibersegurança, acaba de divulgar o relatório Fast Facts com análise do cenário mundial das ameaças digitais de janeiro a dezembro de 2021. O relatório mostra que o Brasil é o país que mais envia ameaças de extorsão e sextorsão (do termo em inglês sextorsion), que é a chantagem sexual. Já os Estados Unidos são o principal alvo de extorsões. O estudo tem como base endereços de IP únicos.
Embora as ameaças totais bloqueadas tenham apresentado uma redução de 13,2% em dezembro, elas registraram aumento no quarto trimestre, especialmente em novembro, fechando o ano com 94,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, um aumento de 42% em relação a 2020.
Ransomware
Desde junho de 2021, os Estados Unidos também são o país com o maior número de registros de ransomware, seguidos por França, Hong Kong e Itália, no ranking de dezembro. A Índia ficou com a quinta colocação, desbancando a Bélgica, que marcou presença no Top 5 nos meses de outubro e novembro.
O levantamento confirma a mudança de perfil do ransomware moderno, que deixou de ser massificado e se tornou direcionado, desde 2018, prezando por alvos com maior retorno financeiro. Apesar do ligeiro aumento em 2019, a tendência de queda deve persistir. Em 2021, foram identificados, ao todo, 14 milhões de ataques ransomware em todo o mundo.
Ameaças via e-mail
Considerando as ameaças por e-mail, os Estados Unidos foram o principal país atacado ao longo de 2021, com 32,6% do total. Sendo seguido, em dezembro, pela China, Índia e Alemanha. A França assumiu o quinto lugar, deixando de fora a Rússia, que tinha aparecido entre os cinco alvos principais em novembro.
Setores mais atacados
Os setores bancário, de saúde e governamental se revezaram na liderança dos ataques, ao longo do ano, fechando 2021 com o governo na liderança, seguido por saúde, transporte, indústria e mercado financeiro. Já nas Américas, a área de saúde foi a mais visada, embora no Brasil o alvo principal permaneça sendo o governamental.
Covid-19 como isca
A maioria das ameaças que usam o tema da covid-19 é realizada por e-mails. Foi observada uma queda significativa de maio a junho, mas em agosto voltou a subir. Em dezembro, a ameaça ainda se mantinha ativa, com mais de 600 mil registros.
O relatório “Fast Facts” é divulgado pela equipe de pesquisa da Trend Micro com atualizações mensais sobre o cenário de ameaças, tendo como base a solução Trend Micro Smart Protection Network (SPN), que analisa a infraestrutura de segurança de dados. Além dos sensores da SPN, os dados coletados também vieram de pesquisadores da Trend Micro, da equipe do Zero Day Initiative (ZDI), da equipe de Threat Hunting, da equipe de Serviço Móvel de Reputação de Aplicativos (MARS) e da Smart Home Network (SHN).
Para mais detalhes do relatório, acesse aqui.
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