Projeto de um aparelho respiratório menos invasivo para os pacientes foi idealizado por instituições de ensino e inovação (Rodrigo Paiva/Getty Images)
Bússola
Publicado em 31 de março de 2022 às 15h30.
Última atualização em 31 de março de 2022 às 15h47.
Para auxiliar pacientes com covid-19, a Esmaltec, empresa do grupo Edson Queiroz, tem produzido capacetes Elmo em escala industrial desde janeiro de 2021. O projeto de um aparelho respiratório menos invasivo para os pacientes foi idealizado por instituições de ensino e inovação, entre elas a Unifor, que convidou em março de 2020 a empresa para participar da iniciativa e foi responsável pela produção de mais de 10 mil capacetes, que tem expectativa de haver ajudado cerca de 50 mil vidas no Brasil.
Além da comercialização para centros de saúde, a Esmaltec doou mais de 300 capacetes Elmo para as Secretarias de Saúde do estado do Nordeste, São Paulo e Minas Gerais.
Acomodado ao pescoço do paciente e por ser não invasivo, o Elmo permite a oferta de oxigênio em alto fluxo, sem a necessidade de intubação. Outro benefício é o custo inferior em relação aos respiradores mecânicos e a maior segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.
Com a produção dos capacetes Elmo, a empresa vislumbrou um novo ramo de negócio: vida e saúde. Para produzir o novo produto nas instalações da empresa, a Esmaltec passou por uma série de mudanças. Adaptar seus maquinários, treinar colaboradores, buscar novos fornecedores, atender com rapidez a enorme demanda durante a fase mais aguda da pandemia, além da capacitação da equipe comercial e pós-vendas para colocar no mercado um produto de saúde foram alguns dos desafios que a Esmaltec enfrentou nesse projeto.
“Poder ajudar tantas pessoas, com a nossa experiência, nos leva ao encontro da nossa missão de estar presente na vida das pessoas, entregando facilidade e bem-estar”, declara Marcelo Pinto, CEO da Esmaltec.
Com tecnologia e atributos que diferenciam seu produto dos demais concorrentes, o capacete Elmo pode ser reutilizado até cinco vezes. “Com o desenvolvimento dessa tecnologia, conseguimos salvar mais vidas com apenas um capacete”, afirma o executivo.
Segundo Marcelo, em 2020, a empresa recebeu o convite da Unifor, que deu a chance de poder ajudar de alguma forma em um momento tão delicado de pandemia. “Todos os membros envolvidos no projeto se empenharam para que ele desse certo, e hoje, temos a certeza de que estamos no caminho certo” diz.
A produção do capacete Elmo nas instalações da Esmaltec não parou desde 2020, quando o projeto surgiu. Além da demanda do produto para o tratamento de pacientes com covid-19, o Elmo também pode ser utilizado para tratamento de doenças que comprometem o funcionamento dos pulmões, como pneumonia e H1N1.
“Para nós é gratificante continuar fazendo a diferença na vida de tantas pessoas”, declara o executivo.
A Esmaltec participou, durante o mês de março, do nono Congresso Nacional de Inovação na Indústria e conquistou o prêmio de case mais inovador desenvolvida pela indústria e pelo Instituto Senai de Inovação. O case do capacete Elmo concorreu com outros 25 projetos e foi escolhido com 60% dos votos.
“Estamos orgulhosos por essa conquista que demonstra a responsabilidade social da Esmaltec e materializa o poder da união de pessoas e inovação em prol da sociedade na luta contra a pandemia”, declara Marcelo Pinto.
Além da Esmaltec, responsável pela produção dos capacetes, atuaram no projeto o governo do estado do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), além da Universidade de Fortaleza (Unifor), a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Ceará) e a Universidade Federal do Ceará (UFC).
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