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ESG: Sustentabilidade no planejamento estratégico

Com o fim do ano, empresas devem avaliar seu desempenho e planejar estratégias para 2023

Organização deve ser preparar para os riscos e oportunidades que transformações socioambientais podem trazer (Liliboas/Getty Images)

Organização deve ser preparar para os riscos e oportunidades que transformações socioambientais podem trazer (Liliboas/Getty Images)

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Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 20h30.

Nem parece, mas chegamos ao último mês de 2022. Além da mistura entre clima de Copa do Mundo e clima de festas e final de ano, o ambiente corporativo vive o momento de revisão ou produção de planejamentos estratégicos. Ao menos nas organizações em que o ano fiscal corresponde ao calendário.

E esta é uma oportunidade que profissionais e lideranças que acreditam no valor da sustentabilidade não poderiam deixar passar. É fundamental incluir e integrar os temas da agenda ESG ao planejamento estratégico, de forma que a organização esteja preparada para os riscos e oportunidades que transformações socioambientais podem trazer.

Estabelecer uma agenda estratégica de sustentabilidade costuma ser o primeiro passo para se desenvolver um negócio com melhores impactos e menores riscos. Ao estabelecer uma visão de futuro clara, a organização pode protagonizar a própria jornada e atrair as pessoas para virem junto.

Os benefícios para o negócio vão desde uma melhor gestão de riscos até geração de valor financeiro, ao capturar oportunidades de mercado. Para a sociedade e o mercado, o ganho está relacionado com o fato de que a organização passa a se integrar ao meio de forma mais harmônica, ao se responsabilizar por suas externalidades.

A premissa de todo o processo é o pensamento sistêmico, especialmente na gestão. Costumo dizer que trata-se de pensar o negócio para além do trimestre e para além do CNPJ. Ou seja, é a inclusão, nas estratégias organizacionais, do entendimento de que todas atividades humanas geram externalidades econômicas, ambientais e sociais com potencial de afetar o futuro da organização, bem como do meio ambiente e sociedade em que está inserida

Outra premissa importante é entender que a empresa não irá resolver todos os problemas do mundo sozinha. Por isso, é fundamental focar no que realmente importa, ou seja, nos riscos, oportunidades e impactos mais importantes do negócio e mais relevantes para seus stakeholders. Estratégias ESG que adicionam valor real à empresa e seus stakeholders precisam de foco e senso de direção.

A ferramenta indicada para mapear impactos, riscos e oportunidades em ESG é a avaliação de materialidade. Se bem feita, ela permitirá encontrar um espaço de atuação em que há potencial de gerar benefícios de longo prazo para empresa e sociedade. Nem sempre o retorno é imediato ou direto, mas ao endereçar os temas que preocupam grupos estratégicos ou que representam riscos, oportunidades e impactos relevantes, a empresa irá aumentar sua capacidade de gerar valor compartilhado no longo prazo.

*Danilo Maeda é head da Beon, consultoria de ESG do Grupo FSB

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