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ESG não deve ser assunto só nas corporações, mas nas escolas também

Instituições de educação podem deixar um legado impactante que é formar, de fato, uma geração mais consciente

Papel da escola é entender que alunos não são ilhas são parte de um ecossistema maior que constitui a nossa sociedade (Alistair Berg/Getty Images)

Papel da escola é entender que alunos não são ilhas são parte de um ecossistema maior que constitui a nossa sociedade (Alistair Berg/Getty Images)

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Publicado em 6 de outubro de 2021 às 11h23.

Por Mariana Bokel, João Paulo Prado e Julia Rodrigues*

Certa vez, educadores do Detran deram palestras em uma das nossas escolas e perguntamos se fazia mesmo sentido conscientizar crianças de cinco anos sobre trânsito. A resposta foi perfeita: “uma criança falando para seus pais que ele está indo muito rápido e isso pode ser perigoso, vale mais do que mil placas de trânsito”.

Essa situação ilustra muito bem como o poder de transformação extrapola os muros das escolas: leva o valor aos alunos que eles levarão às famílias e milhões de pessoas serão impactadas. Por isso, temos consciência de que o setor de educação é privilegiado quando falamos sobre a agenda de sustentabilidade.

Temos um papel duplamente estratégico: as instituições de educação podem avaliar a materialidade, potencializar o impacto positivo na cadeia de produção, investir nos colaboradores e alavancar uma agenda de diversidade, da mesma forma que empresas de outros ramos; mas também podem deixar um legado ainda mais impactante que é formar, de fato, uma geração mais consciente.

Imagine uma cadeia de lojas que investe muito em sustentabilidade, oferecendo produtos sustentáveis e maravilhosos. Certamente, essa empresa está fazendo um bem enorme para a sociedade e para o planeta, mas o impacto causado por ela em seus clientes é limitado quando comparado ao que uma instituição de ensino pode causar em seus alunos e responsáveis.

Integrar o tripé ESG ao setor de educação é mais do que cuidar dos colaboradores e preservar o meio ambiente com práticas sustentáveis, é uma verdadeira oportunidade de embutir a sustentabilidade na cultura das escolas.

E essa mudança abrange todos que fazem parte da comunidade escolar, desde a equipe que recebe os alunos no portão das escolas passando pelos recepcionistas, cantineiros, até professores, transformando o currículo escolar e criando projetos pedagógicos para que a cultura sustentável seja não apenas ensinada com conteúdo isolado nas aulas de geografia ou biologia, mas seja vivida pelos alunos e levada para suas famílias, renovando hábitos e transformando vidas.

É o desenvolvimento dos alunos não apenas para o sucesso profissional, mas investir na formação pautada em valores éticos e na cidadania, entendendo que um aluno e uma escola não são ilhas, são parte de um ecossistema maior que constitui a nossa sociedade.

A semente que plantamos hoje colheremos nas próximas décadas. ESG deve deixar de ser uma sigla de mercado e corporações e virar parte do conjunto de valores das futuras gerações. Como empresa de educação, temos a missão de sermos mais do que sustentáveis. Temos a ambição de transformar a nossa sociedade para que as próximas gerações de alunos que estudarão nas nossas escolas tenham cada vez mais a sustentabilidade como um valor.

Entendemos, portanto, como um privilégio e uma responsabilidade igualmente grandes formar a próxima geração e contribuir para que milhares de crianças e jovens tragam a sustentabilidade no DNA. Queremos fazer parte dessa transformação ativamente porque sabemos que nossos alunos estão escrevendo as próximas páginas do futuro. E queremos contribuir para deixar um futuro de presente para as próximas gerações.

*Mariana Bokel é diretora de marketing e responsabilidade social do Eleva Educação, João Paulo Prado é vice-presidente jurídico do Eleva Educação e

Julia Rodrigues é gerente de responsabilidade social do Eleva Educação

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