(Rosatom /Divulgação)
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Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 13h00.
Quando chega no fim da vida útil, o combustível nuclear ainda contém urânio e plutônio que podem ser aproveitados. O processo de extração desses elementos é chamado de “reprocessamento nuclear” e é grande aposta da Rosatom para tornar a energia nuclear mais sustentável.
A gigante estatal russa acaba de anunciar a conclusão de seu segundo complexo de reprocessamento de combustível nuclear usado. A autorização para funcionamento da operação marca um momento crucial para a implementação de um ciclo fechado – onde o combustível nuclear é utilizado e reprocessado ao invés de descartado.
“Será possível processar combustível nuclear em escala industrial, reduzindo drasticamente o acúmulo de resíduos radioativos e minimizando a necessidade de descarte. Isso também nos aproxima das tecnologias energéticas de quarta geração, que tornarão a energia nuclear essencialmente 'renovável'”, explica Vasily Tinin, diretor de política estatal da Rosatom para resíduos radioativos e descomissionamento de instalações nucleares.
A unidade pertence ao Centro de Demonstração Experimental da companhia, localizado em Zheleznogorsk, na região central da Rússia. O projeto foi desenvolvido pelo Combinado Químico Minerador (GKhK) da FSUE – empresa da Rosatom responsável pelo gerenciamento de resíduos radioativos e descomissionamento nuclear.
O Centro de Demonstração Experimental começou a ser construído em 2010, como parte de programas do governo russo para garantir a segurança nuclear e radiológica.
Em 2015, foi inaugurado o primeiro complexo de lançamento, que incluía câmaras quentes de pesquisa e um laboratório analítico para testar tecnologias de reprocessamento e gestão de resíduos radioativos.
A segunda fase, concluída agora, expande essas capacidades para o nível industrial. A inauguração oficial está prevista para 2025.
A nova tecnologia não gera resíduos líquidos radioativos e reduz significativamente a quantidade de resíduos sólidos, representando um grande avanço na área ambiental, segundo Dmitry Kolupaev, diretor-geral do GKhK.
"Nos próximos anos, o Centro de Demonstração Experimental do GKhK será a principal plataforma para o desenvolvimento de tecnologias avançadas. Vai ser capaz de fornecer dados fundamentais para o projeto de uma planta de grande escala para reprocessamento de combustível nuclear usado, a Planta RT-2" , afirma.
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